Um homem foi levado para a Delegacia acusado de ter agredido uma mulher de 28 anos na madrugada de sábado (30), em Indaiatuba (SP). Guardas civis atenderam a ocorrência e o encaminharam à Polícia Civil. O homem, que é marido da vítima agredida. O cunhado dela, também acusado de agressão, não foi localizado pelos agentes de segurança.
O crime aconteceu nos prédios da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU). Os guardas informaram que a mulher foi agredida pelo marido e pelo cunhado. Ela foi socorrida para o Hospital Augusto de Oliveira Camargo (Haoc) e integrantes do Grupo de Apoio Preventivo (Gap) encontraram um dos dois acusados.
De acordo com os guardas que atenderam a ocorrência, a mulher foi agredida com socos e teve ferimentos no rosto, fratura no nariz e dentes quebrados. A assessoria de imprensa da unidade hospitalar informou que a vítima foi atendida às 2 horas e foi liberada em seguida.
Se você for vítima de um caso como o relatado, pode chamar imediatamente pelos telefones 153 e 190, a Guarda Civil e a Polícia Militar prontamente atenderão a emergência. O mais indicado em todos os casos é o registro na Delegacia de Defesa da Mulher, rua Bernardino de Campos, 857, Centro. O telefone é o (19) 3875-9692. Com a ocorrência em mãos, a Polícia Civil pode abrir investigações sobre os casos para identificar e punir os infratores.
Violência contra a mulher
A partir da sanção da Lei Maria da Penha, o Código Penal passou a prever estes tipos de agressão como crimes, que geralmente antecedem agressões fatais. O código também estabelece que os agressores sejam presos em flagrante ou tenham prisão preventiva decretada se ameaçarem a integridade física da mulher.
Pela primeira vez, a Lei também permitiu que a justiça adote medidas de proteção para mulheres que são ameaçadas e correm risco de morte. Entre as medidas protetivas está o afastamento do agressor da casa da vítima ou a proibição de se aproximar da mulher agredida e de seus filhos.
Além de crime, a Organização Mundial de Saúde (OMS) ainda considera a violência contra a mulher um grave problema de saúde pública, que atinge mulheres de todas as classes sociais. A lei leva o nome de Maria da Penha Maia, que ficou paraplégica depois de levar um tiro de seu marido. Até o atentado, Maria da Penha foi agredida pelo cônjuge por seis anos. Ela ainda sobreviveu a tentativas de homicídio pelo agressor por afogamento e eletrocussão.
Fruto da Lei Maria da Penha, o crime do feminicídio foi definido legalmente em 2015 como assassinato de mulheres por motivos de desigualdade de gênero e tipificado como crime hediondo. Segundo o Mapa da Violência, quase 5 mil mulheres foram assassinadas no país, em 2016. O resultado representa uma taxa de 4,5 homicídios para cada 100 mil brasileiras. Em dez anos, houve um aumento de 6,4% nos casos de assassinatos de mulheres.
foto: arquivo/Comando Notícia