por CAROL BORSATO*
As festas juninas também se realizavam nas Igrejas católicas, pois cada festa comemorada é no dia de um santo católico: santo Antônio, dia 13 de junho, são João, dia 24 de junho, são Pedro, dia 29 de junho. As festas juninas das Igrejas, não tinham as danças, mas tinham as mesas e cadeiras para as pessoas se acomodar para comer.
Os doces também eras sortidos, vários bolos entre outros doces, um dos bolos que ganhava destaque era o de fubá. Quando eu fui estudar no Instituto de Cegos Padre Chico, além de dançar a quadrilha e o grande baile que começava logo depois, quando ia terminando maio e começado junho, a gente ajudava na decoração, fazendo dobraduras, e também precisava levar as prendas!
As famosas prendas das barracas de sorte tinha de tudo um pouco, essas prendas podiam ser boas ou ruins, digo isso, pelo fato de crianças gostarem só das prendas de brinquedinhos. As bandeirinhas ficavam penduradas em varais feitos com barbante amarrados no alto para todo lado, eram a marca registrada, não podiam baltar.
O legal era as quadrilhas com casamento, principalmente quando a noiva respondia para o padre que ia pensar. Certa vez no meio da quadrilha no IPC, Instituto de Cegos Padre Chico, aparece um Silvio Santos cantando: lalalalá rei! lalalalá rei! E até perguntou: Quem quer dinheiro? Ele fez toda palhaçada que o Silvio fazia no programa que leva seu nome, mas apesar de tudo não era o Silvio de verdade, era um amigo meu que conseguia imitá-lo.
E você, já foi à uma festa junina na igreja? Semana que vem trago a parte 3.
*Carol Borsato é jornalista e é a primeira repórter deficiente visual da história de Indaiatuba (SP).
foto: divulgação