Ministério da Saúde inicia especialização para 15 mil profissionais do Mais Médicos
Em 2023, o governo federal reformulou o Mais Médicos para torná-lo mais atrativo aos profissionais do país e aumentar o tempo de permanência no programa, em especial nas áreas mais vulneráveis e de difícil acesso que historicamente sofrem com a falta de médicos. Uma das novidades anunciadas foi a oportunidade de especialização em Medicina de Família e Comunidade e mestrado em Saúde da Família. Nesta quarta-feira (27), o Ministério da Saúde realizou a aula inaugural do curso inédito de Especialização em Medicina de Família e Comunidade para mais de 15 mil profissionais que ingressaram no programa durante o ano.
A especialização vai acontecer em parceria com oito instituições de ensino superior: Fiocruz Mato Grosso do Sul, Universidade Federal do Amazonas, Universidade Federal do Ceará, Universidade Federal do Maranhão, Universidade Federal de Minas Gerais, Universidade Federal de Santa Catarina, Universidade de Brasília e Universidade Federal de São Paulo. O objetivo é territorializar a oferta educacional, descentralizando e preservando as características regionais, com previsão de ampliação da oferta para outras instituições.
Levantamento feito pela pasta apontou que 41% dos participantes do programa desistiram no passado em busca de capacitação e qualificação. A partir da retomada, o Mais Médicos traz aos profissionais oportunidade de qualificação e aperfeiçoamento, além de incentivos e benefícios. Nesse contexto, ao longo do curso, os médicos vão entrar em contato com temas relevantes para a prática clínica e para o cotidiano das ações que são desenvolvidas pelas equipes de saúde da família, elevando o grau de resolutividade na Atenção Primária, a principal porta de entrada do SUS, em observância aos seus atributos e voltada às necessidades da população em todo o território nacional.
“O Mais Médicos é uma grande estratégia nacional para formação de especialistas. A expectativa é que nos próximos anos cada uma das equipes de saúde da família tenha um médico especialista, o que vai melhorar consideravelmente o atendimento às comunidades”, explica o diretor de Programas da Secretaria de Atenção Primária, Felipe Proenço, acrescentando que, atualmente, o Brasil conta com mais de 50 mil equipes de saúde da família e mais de 10 mil médicos de família e comunidade.
Com informações: Ministério da Saúde
Foto: Brunno Carvalho