O motorista de aplicativo acusado de participar da morte do dono do posto de combustíveis em janeiro voltou para a cadeia. Ele chegou a ser detido minutos após o crime e foi preso em flagrante pela Polícia Civil, mas na audiência de custódia a Justiça resolveu soltá-lo por falta de provas que materializassem a participação dele. O suspeito voltou às ruas na mesma semana do crime.
Nesta semana, no mesmo dia em que foram presos os dois acusados de ter atirado na vítima, ele também foi preso novamente. A Polícia Civil pediu a prisão preventiva do suposto motorista. A prisão dos outros dois foi temporária por 30 dias. A diferença é que a preventiva não tem prazo.
O Comando Notícia apurou que os dois acusados de ter atirado no homem foram transferidos para Campinas (SP) onde ficarão sob custódia neste período. O motorista ficará em outro local, já que não tem prazo para sair, se sair.
Contradições
O suposto motorista disse em depoimento que teria sido obrigado a participar do crime pelos bandidos armados. À Polícia Civil, ele contou que além dos dois bandidos que desceram do veículo para praticar o crime, haveria uma terceira pessoa que teria ficado dentro do carro com ele. Esta outra pessoa não apareceu nas filmagens as quais a investigação teve acesso. Ou seja, segundo apurou a reportagem, o motorista poderia ter fugido no momento em que os dois bandidos desceram do carro, mas não o fez. As imagens do monitoramento mostram ele deixando os dois bandidos nas proximidades do shopping onde foi o crime. Os dois bandidos entraram no outro carro e foram embora. O envolvimento de outras pessoas na ação não está descartado.
Outras prisões
Dois rapazes acusados de terem participado da morte de um dono de posto de gasolina em Indaiatuba (SP) no dia 13 de janeiro foram presos no final da manhã desta terça-feira (18). Eles são os suspeitos de terem abordado a vítima no estacionamento de um shopping.
Um tem 29 anos e o outro 39 anos e ambos estavam no conjunto habitacional CDHU, informou a Polícia Civil, responsável pela investigação e operação. Os dois tem passagem pela polícia por outros crimes. O rapaz suspeito de ter puxado o gatilho saiu da cadeia no final do ano passado, de acordo com o delegado Danilo Amancio Leme. Contra os dois a Justiça expediu, a pedido da Polícia Civil, mandados de busca, apreensão e prisão temporária por 30 dias. O prazo de encarceramento pode ser prorrogado caso seja realmente comprovada a participação deles.
Para a investigação, que durou cerca de quatro semanas, foram usadas imagens de câmeras de monitoramento que flagraram toda a ação. Mais pessoas estão sendo investigadas, apurou o Comando Notícia. Os dois ficaram na delegacia de Indaiatuba durante a tarde aguardando uma vaga no sistema prisional.
O caso
Um empresário de 58 anos morreu depois de ser baleado três vezes em Indaiatuba (SP). Ele estava com mais de R$ 65 mil para depositar em uma agência bancária. O homem foi assaltado no estacionamento do shopping Parque Mall, no Jardim Pompéia, por volta das 15 horas. A vítima chegou a ser socorrida para o Hospital Augusto de Oliveira Camargo (Haoc) pelos Bombeiros, mas não resistiu. Um dos suspeitos de participar da ação foi detido com o carro também suspeito de ter sido usado no Centro de Indaiatuba.
Foi o primeiro latrocínio registrado na cidade em 2020.
foto: arquivo/Comando Notícia