Mortes de cavalos em Indaiatuba: laudo preliminar em uma égua aponta infecção por bactérias

O laudo preliminar de uma das éguas mortas em um haras de Indaiatuba (SP), onde pelo menos 120 animais ficaram doentes, apontou que ela sofreu uma infecção causada por bactéria.
A análise foi feita por um veterinário contratado pelos tutores da égua, mas novos exames foram realizados para determinar a origem das infecções e a causa da morte.
Segundo as análises laboratoriais contratadas pelos tutores da égua, foi identificada a presença Clostridium perfrigens, bactéria que provoca lesões nos intestinos, além de bactérias nos pulmões do animal.
Os laudos que vão determinar as causas das mortes e o que teria deixado outra centena de equinos doentes ainda não foram divulgados.
O veterinário Thyago Dercoli adiantou que exames já realizados descartaram a existência de doenças contagiosas nos animais.
Na segunda (19), a equipe da Secretaria de Serviços Urbanos e Meio Ambiente de Indaiatuba fez uma vistoria no haras onde nove cavalos morreram. Segundo a pasta, não havia irregularidades no local, e os técnicos apontaram que os animais apresentaram sinais compatívies com intoxicação alimentar.
Segundo tutores ouvidos pela EPTV, os animais recebiam uma mesma ração havia cinco anos.
De acordo com a veterinária Roberta Sargo, diversas bactérias estão presentes no organismo dos cavalos, e desequilíbrios podem causar infecções.
“A gente sabe que as toxinas que levam a intoxicação alimentar, elas podem promover essa disbiose, e assim predispor a essa infecção secundária. Pode ter uma relação com a alimentação”, afirma.
O advogado da Nutratta Nutrição Animal, responsável pela ração fornecidas aos cavalos do haras em Indaiatuba, informou que a empresa trabalha na identificação dos lotes e consumidores.
“O primeiro momento é identificar e isolar aqueles lotes. A Nutratta fez a identificação e recolheu, está recolhendo, identificou todos os lotes entre final de março até o final de abril, os lotes que foram fabricados neste período, e além da identificação dos lotes, dos distribuidores e também do consumidor final. Para identificação do que de fato aconteceu com os animais”, explicou Diêgo Vilela.
Foto: Reprodução/EPTV