HUGO ANTONELI JUNIOR
INDAIATUBA – Menos de um ano depois da última mudança, o transporte público de Indaiatuba deve trocar de mãos novamente. O atual contrato vigente com o Grupo VB Transportes será encerrado por falta de cumprimento de cláusulas. O anúncio foi feito pelo prefeito Nilson Gaspar (PMDB) na manhã desta quinta-feira (27). “Nós fomos tolerantes, mas não dá mais”, afirmou.
A Prefeitura entrará com um processo para “cadência” do contrato. Em um prazo de 60 dias do trâmite do processo uma nova empresa deve entrar de forma emergencial. Vencidos os 60 dias em, no máximo mais 180, uma licitação definitiva deve ser feita. Apenas um impedimento judicial poderá mudar a troca de empresa.
Por enquanto, para os usuários, nada muda. De acordo com o setor jurídico da Prefeitura, não haverá interrupção nos serviços. “Quando encerrar os serviços da empresa atual, no dia seguinte já haverá outra.”
As multas que a empresa vem tomando diariamente por quebra de contrato já ultrapassam R$ 1,6 milhão. Todas as promessas feitas na compra da Indaiatubana em setembro – compra de 20 coletivos novos, implantação de 20 pontos de recarga, aumento de 30 minutos para uma hora no cartão integração -, não foram cumpridos.
Dentre os problemas apontados pela Prefeitura estão: ônibus velhos e com documentação irregular, sem manutenção, itinerários com atraso ou incompletos, constantes quebras de veículos e problemas com os funcionários. “A troca de uma van que era para ser feita em 2015, só foi efetuada agora, dois anos depois”, afirmou o prefeito.
A possibilidade de duas empresas operarem na cidade foi levantada, mas ainda passa por estudos. “A conta não fecha”, diz Gaspar. Por ter 30% dos usuários na gratuidade, a Prefeitura também afirmou estudar um subsídio para a empresa. Ainda de acordo com dados oficiais, o transporte público de Indaiatuba é utilizado por 5% dos moradores. Sobre o tempo de concessão, atualmente em 15 anos, pode haver uma mudança para 10 anos – prorrogáveis por mais 10 anos dependendo da oferta de serviços.
Foto: Ricardo Miranda/Comando Notícia