Cultura

“Não Estou Louca” é comédia de superação e redescoberta feminina

por HUGO ANTONELI JUNIOR

Um bom filme para você assistir neste feriado é o “portenho” “Não Estou Louca”. É uma comédia sobre saúde mental muito parecida com “Toc-Toc”. É importante iniciar dizendo que o filme, apesar de bom, tem alguns gatilhos que podem ser prejudiciais para as pessoas que estão em tratamento contra algum tipo de pânico ou depressão. É bom escolher outro título se este for o caso. O filme está disponível na Netflix. Confira outras dicas clicando aqui.

Carola trabalha em uma revista feminina. A protagonista é vivida pela atriz chilena Paz Bascuñán, que está muito bem no papel. Ela descobre que está, aos 38 anos, infértil. Como desgraça pouca é bobagem, ela perde o marido para a melhor amiga que está… grávida dele. Depois de um incidente muito grave, ela vai para uma clínica de reabilitação.

Durante a internação, que foi feita à força, ela conhece alguns amigos um pouco… peculiares. Ela precisará provar para os médicos que está apta para deixar o local, o que é, claramente, muito difícil. No meio desta tentativa, os outros pacientes serão um novo desafio para ela.

Falar de saúde mental é um desafio e um filme com boas intenções pode acabar em um clichê ou em doses erradas pode soar grosseiro e o tiro sair pela culatra. O tom da personagem, que varia muito em toda a obra, é o ponto alto. Mesmo que eu alguns momentos pode parecer exagerado. Mas, para mim, trata-se do tom correto. A redescoberta do ser mulher e a protagonista aprender a gostar de si, dos próprios gostos e tomar as rédeas da própria vida são a principal lição. É um bom entretenimento e deixa lições importantes.

fotos: reprodução