Esporte

Natação e Supino PCD de Indaiatuba se destacam em competições

A equipe de Natação PCD da Secretaria Municipal de Esportes encerrou a participação na 2ª Etapa Nacional do Circuito Loterias Caixa, realizado no fim de semana, no Centro Paralímpico Brasileiro, em São Paulo, com 62 medalhas (28 ouros, 25 pratas e 9 bronzes). Com o resultado a equipe de Indaiatuba conquistou o título de melhor equipe Classe Alta (S6-S10) e o título de melhor equipe Visual (S11-13). Além de melhor atleta da competição com Cecilia Araújo e mais quatro recordes brasileiros com os atletas: Ronaldo Junio nos 100 metros peito (SB7), Felipe Caltran nos 100 metros livre (S14), Augusto Groppo nos 50 metros livre e costas (S1) e Cecília Araújo nos 100 metros borboleta (S8).

As classes são determinadas por exames funcionais, alguns repetidos todos os anos, dependendo da deficiência, testes musculares, mobilidade articular e testes motores dentro d’água. Quanto maior a deficiência menor o número da classe. Você deve estar se perguntando agora: “O que quer dizer essas letras e números em cada categoria?”.

Screenshot_20170806-145839

Para começar entendendo as categorias, é preciso saber a divisão. A letra “S” quer dizer “Swimming”, ou “nado”, sendo assim, todas as categorias da natação tem um “S” no começo. A sigla “SB”, quer dizer “Nado Peito” ou “Breaststroke” onde se encaixa a letra “B”. “SM” é a outra sigla usada, que quer dizer “Swimming Medley”, ou em português: “Nado Medley”.

A divisão geral de cada categoria acontece dessa forma: S1 a S10, SB1 a SB9, SM1 a SM10, são os atletas com Limitações físico-motoras, são os atletas que em seu dia-dia precisam de adaptações como lugares com rampas ou elevadores. S11, SB11, SM11 S12, SB12, SM12 S13, SB13, SM13, são os atletas com deficiência visual. S14, SB14, SM14 são os com deficiência mental.

Existem adaptações nas regras que são feitas nas saídas, viradas e chegadas. Exemplo é o bastão com uma ponta de espuma que é chamado de “tapper”, usado na chegada das provas dos atletas que tem deficiência visual. Para a saída, as categorias mais baixas permitem a saída feita de dentro d’água para aqueles que não conseguem sair de cima do bloco.

Supino

A equipe de Halterofilismo Paralímpico da Secretaria Municipal de Esportes conquistou duas medalhas de ouro durante a 2ª Etapa Nacional do Circuito Loterias Caixa, realizado no fim de semana, no Centro Paraolímpico Brasileiro, em São Paulo. O atleta paraolímpico Evânio Rodrigues da Silva (medalha de prata nas Paraolímpiadas Rio 2016), conquistou a medalha de ouro na categoria 88kg, e estabeleceu o recorde brasileiro, após levantar 211Kg. Ele também foi eleito o melhor supino (halterofilista) da competição. Na categoria 97kg, o paratleta Reinaldo Carvalho também ganhou a medalha de ouro com a marca de 168kg.

Evânio Rodrigues_6

Integrante do cronograma das Paralimpíadas desde 1964, em Tóquio, a modalidade é a única em que atletas com diferentes tipos de deficiência podem competir na mesma categoria.

O Halterofilismo ou Supino é o único esporte paralímpico onde os atletas são categorizados por peso e não por deficiência física. Em outras palavras, a modalidade coloca lado a lado paratletas com diferentes tipos de limitações motoras. Diferentemente do levantamento de peso olímpico, formado pelas provas do arranco e arremesso, o halterofilismo paralímpico é disputado em prova única, o supino reto, exercício muito comum nas academias de musculação.

 

Competição

O movimento se inicia quando a barra é retirada do cavalete (com ou sem ajuda) e posteriormente suportada com os braços totalmente erguidos. Feito isso, o atleta desce a barra até a altura do peito e então ele deve finalizar o movimento levando-a de volta à posição inicial. O atleta pode realizar o movimento três vezes, e o maior peso é validado.

Reinaldo Carvalho_97 Kg

 

Equipamentos

Os equipamentos usados no halterofilismo paralímpico são uma barra de aço, discos (ou anilhas) e colares (ou presilhas) para fixar os discos na barra e um banco reto. Com 2,20m de comprimento e 20kg, de peso, a barra é formatada para que as anilhas não rodem quando presas às laterais, o que diminui a vibração nas articulações dos atletas e também a instabilidade. O banco de supino tem 61cm de largura em sua parte principal e 30cm na parte que fica próxima à cabeça do atleta. A altura do banco varia entre 45 e 50 cm do solo. Os atletas são auxiliados por um anilheiro, profissional responsável por carregar a barra com o peso e garantir a segurança do competidor.

 

Fotos natação: divulgação

Fotos supino: Marco Antônio Teixeira/MPIX/CPB