Número de picadas de escorpião aumenta em todo o estado de São Paulo e alerta autoridades

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP) informou que, até 5 de agosto, foram registrados 22.850 casos de acidentes com escorpiões em todo o estado, resultando em uma morte.
No estado, as espécies mais comuns são:
Escorpião Amarelo: corpo amarelo claro com manchas escuras no tronco e na parte inferior do 5º segmento da cauda, medindo até 7 cm. Os 3º e 4º segmentos da cauda possuem serrilha. Essa espécie causa os acidentes mais graves, podendo levar ao óbito.
Escorpião Marrom: corpo marrom avermelhado escuro, patas mais claras com manchas escuras, também chegando a 7 cm. Não possui serrilha na cauda. Embora menos comum que o amarelo, é igualmente perigoso.
Escorpião-amarelo-do-nordeste: mede entre 5 e 7 cm, apresenta coloração amarela predominante, faixa escura no dorso do tronco e triângulo escuro no cefalotórax. Possui serrilha nos 3º e 4º segmentos da cauda e mancha escura no 5º segmento. Seu veneno é potente e perigoso.
Para garantir transparência, a SES-SP disponibiliza um painel online para monitorar ocorrências com animais peçonhentos em todo o estado, como escorpiões, cobras e abelhas.
Atualmente, o estado conta com 228 Pontos Estratégicos de Soro Antiveneno (PESAs), distribuídos para garantir atendimento rápido, especialmente a crianças até 10 anos. Em Campinas, por exemplo, o Hospital Ouro Verde e o HC da Unicamp são referências no atendimento a picadas de escorpião, oferecendo tratamento imediato e soro antiescorpiônico.
O acidente escorpiônico ocorre quando o escorpião pica e injeta seu veneno, provocando dor imediata. Além disso, podem surgir vômitos, suor, agitação, aumento dos batimentos cardíacos e da respiração.
Nos casos mais graves, há suor e vômitos intensos, sonolência, tremores, salivação excessiva, hipotermia, convulsões, edema pulmonar, insuficiência cardíaca e choque, com risco de morte.
Para evitar picadas, fique atento a terrenos baldios, construções antigas, entulhos, pilhas de madeira e lenha, tijolos, mato, lixo, saídas de esgoto, ralos, caixas de brinquedos, sapatos, toalhas e outros objetos parados.
Em caso de picada, não corte, fure nem aperte o local. Lave com água e sabão, aplique compressas mornas e procure um hospital de referência o quanto antes.
Nem todas as unidades possuem soro antiescorpiônico, o que pode exigir encaminhamento. Levar o escorpião ou uma foto dele pode ajudar a acelerar o tratamento.
Vale lembrar que esse aumento nas picadas atinge todo o estado de São Paulo, exigindo atenção e cuidados de toda a população. A prevenção e o atendimento rápido são essenciais para evitar acidentes graves e salvar vidas.
Com informação: Hora Campinas