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O mês de agosto termina como um dos mais quentes em mais de seis décadas, com impacto em todos os setores da economia e empresas

Climatempo registra aumento na demanda por serviços de análise meteorológica para ajudar empresas a adaptarem suas operações diante das mudanças climáticas

 

Cálculos preliminares da Climatempo, a maior e mais reconhecida empresa de consultoria meteorológica e previsão do tempo do Brasil e da América Latina, apontam que agosto de 2023 foi um dos mais quentes das últimas seis décadas. Se forem confirmados pelo Instituto Nacional de Meteorologia, este terá sido o segundo agosto mais quente desde 1961, em relação às temperaturas mínimas, e o 9º mais quente em relação à média das máximas.

 

Em São Paulo, a média das temperaturas máximas foi de 25,6°C, valor que ficou 1,4°C acima da média climatológica para a temperatura máxima para este período do inverno, que é de 24,5°C. Já a média das temperaturas mínimas registradas foi de 15,6°C, com desvio positivo de 2,3°C, em relação à média climatológica da temperatura mínima de agosto, que é de 13,3°C.

 

A elevação da temperatura, provocada pelos efeitos das mudanças climáticas, tem um impacto direto em todos os ramos de atividade econômica, e tem levado cada vez mais empresas a buscarem serviços de análises e de previsões meteorológicas para adaptarem suas operações.

 

“Variações de temperaturas têm um impacto direto nos mais variados setores, do agronegócio à indústria de alimentos, cosméticos e vestuário, e pode até levar a revisões nas políticas públicas de saúde”, explica Willians Bini, meteorologista e Head da Climatempo. “Um inverno mais quente, por exemplo, mexe com toda a cadeia de produção, desde a compra de matéria-prima e insumos, até a venda final, seja numa prateleira ou numa vitrine.”

 

Ele conta que a Climatempo tem registrado um aumento do número de empresas em busca de informações estratégicas sobre o clima para apoiar o planejamento de curto, médio e longo prazos, a fim de reduzir o risco do negócio. São empresas de varejo em setores como beauty e, confecção, mas também indústrias, incluindo farmacêutica, de alimentos e bebidas, além daquelas mais diretamente afetadas como as da agroindústria, de energia e de logística.

 

“O ponto principal do trabalho da Climatempo é fornecer informações e análises sobre o comportamento do clima que ajudem os nossos clientes com insights para transformar riscos em oportunidades. Desse modo, seja com El Niño, La Niña ou diante das mudanças climáticas, contar com análises meteorológicas aprofundadas, inclusive para microrregiões, pode significar a diferença entre uma estratégia de negócios bem-sucedida e o encalhe ou falta de determinado produto na prateleira do supermercado”, explica Bini.

 

Este é primeiro inverno já com condições de El Niño, após três anos seguidos de invernos com La Niña. Bini destaca que, de forma geral, a atmosfera durante períodos de El Niño fica mais quente. De fato, as temperaturas em todo o Brasil, e especialmente em São Paulo, têm permanecido acima da média, conforme demonstrou o levantamento da Climatempo realizado desde o ano 2000.

 

Em relação às mudanças que estão ocorrendo no clima, o especialista da Climatempo observa que é necessário considerar uma somatória, ou combinação, de fatores. Ele destaca, por exemplo, os ciclos climáticos de longo prazo, as ações antropogênicas – aquelas que são decorrentes da atuação do ser humano, especialmente após a Revolução Industrial -, os fenômenos climáticos como o El Niño e La Niña e as combinações entre esses fatores.

 

“Não há dúvida de que o atual processo de mudanças climáticas em andamento vem provocando o aquecimento do planeta e intensificando os eventos extremos de clima, que também estão mais frequentes. Basta observar o aumento da incidência de episódios de calor extremo, temporais, enchentes, períodos secos, queimadas, entre outros”, completa o Head da Climatempo.

Com informações: GPCOM Comunicação Corporativa

Foto: Arquivo/ Carlos Martinelli/Comando Notícia