CAROL BORSATO
Desde os tempos antigos, os deficientes visuais utilizavam um bastão para se locomover. Porém, foi a partir do século XX, que houve tentativas mais seguras para descobrir um meio de melhor locomoção para deficientes visuais. Em 1930, o Lions Club Peoria Illinois (EUA) apresentou uma proposta de lei, que depois foi aprovada, chamada de “lei da bengala branca”. No trânsito, o deficiente que estivesse com uma bengala branca tinha prioridade.
No ano de 1931, em Toronto (Canadá), no Lions Club aconteceu uma reunião onde foi estabelecido o dia 15 de outubro, como o “dia mundial da bengala branca”, o que passou a divulgar mais a Lei. Todo deficiente visual que tem reabilitação, geralmente caminha com uma bengala longa branca numa das mãos. A bengala é uma extensão de seu corpo, pode-se dizer até que são seus olhos.
Há deficientes visuais hoje em dia, que preferem bengalas coloridas, algumas tem uma pintura especial que ganha destaque no escuro, para que a pessoa que enxerga possa vê-lo e evitar trombadas e acidentes.
A bengala é como a roupa que se veste, seu tamanho é individual, personalizado, ou seja, de acordo com cada indivíduo. Na medida que se faz do chão até a extremidade inferior do osso esterno, aquele que fica entre as costelas. A bengala comum é dobrável e tem elásticos em seu interior, o que facilita o abrir e fechar.
Também existe a bengala telescópica, aquela que na hora de fechar, os gomos entram um dentro do outro, igual uma antena de rádio. Há deficientes visuais, na classificação baixa visão, que não utilizam a bengala, outros utilizam fora da claridade.
Há algum tempo foi criado um movimento da bengala verde, para as pessoas de baixa visão. Eles estão sempre realizando algum evento. A bengala longa é utilizada em movimento de varredura, bem à frente do corpo. Um passo com a perna direita, e a bengala bate à frente da esquerda.
A bengala pode ter a ponteira fixa, ou com rolê. Com a de ponta fixa é feita a varredura com toque, e com a rolê a varredura é feita deslizando pelo chão, pela facilidade que a rodinha oferece. Seja de um modelo ou de outro, branca ou colorida, fato é que a bengala é um instrumento relativamente simples, mas de grande importância para os deficientes visuais.
foto: divulgação
