Por Carol Borsato
O que você vai ser quando você crescer? Você já escolheu a sua profissão? Essa é uma das decisões mais difíceis e complicadas da vida não é mesmo?
E já pensou que as vezes sua decisão pode ter surgido de alguma situação vivida?
Para Rafaela Fernandes Barce, a escolha da faculdade de fisioterapia foi uma situação vivida, terrível, pois isso aconteceu quando sua avó paterna sofreu uma parada cardiorrespiratória e precisou ficar na UTI por 60 dias para colocar um marca-passo.
Sua avó precisou de acompanhamento de toda equipe, desde médicos, enfermeiros e inclusive fisioterapeutas, “e foi aí que eu percebi a importância dos fisioterapeutas na área hospitalar”, disse Rafaela.
E Rafa realmente pretende se dedicar a fisioterapia, e trabalhar na área hospitalar na reabilitação de pessoas e no pré e pós cirurgia.
Apesar de tudo, Rafa encontrou dificuldades também, pois ela tem deficiência visual do enquadramento baixa visão e as suas dificuldades foram: slides com letras pequenas, coloridas e também imagens em preto e branco. Ah, os aparelhos fisioterapêuticos são complicados, pois exigem muito da visão. Mesmo que alguns tenham sinais sonoros ela não confia, pede ajuda para a professora ou algum colega.
As experiências foram muito importantes para Rafa, ela quando estagiou na UTI, conseguiu provar para si mesma que podia fazer de tudo. Já a experiência com pacientes neurológicos apesar de ser incrível, ainda lhe assusta, e ela diz não ter vocação para esse ramo.
A fisioterapia tem muitas áreas, ela descobriu no curso que era mais que simplesmente ortopedia. Já com relação ao que pretende fazer quando terminar a faculdade, ela diz que vai adquirir um pouco de experiência para depois buscar a especialização é o melhor para que você encontre o que realmente gosta. O segredo para que o tratamento dê certo, é a boa comunicação e respeito tanto pelo paciente, quanto pelo colega de trabalho.
E aí, se você ainda não escolheu a área que deseja trabalhar, siga essas dicas:
Pesquise quais disciplinas você estudará, se você gosta delas, converse com pessoas que trabalham nessa área e se possível combine com ela um dia para você acompanhá-la para conhecer o dia-a-dia dela nessa profissão e assim você saber se realmente é o que você quer. Só não faça o curso que você não quer, pois ninguém faz um bom trabalho quando não gosta dele.
E aí, o que você vai ser quando você crescer?
*Carol Borsato é jornalista e é a primeira repórter deficiente visual da história de Indaiatuba (SP).
Foto: divulgação