Ocorrências com PIPAS impactam quase 800 mil clientes da Enel no 1° semestre de 2025

São Paulo, julho de 2025 – Um dos passatempos mais populares entre crianças e adolescentes durante os meses de verão, a prática de soltar pipas segue trazendo consequências preocupantes para o sistema elétrico. De janeiro a junho deste ano, a Enel São Paulo registrou 1.972 ocorrências relacionadas a pipas enroscadas na rede elétrica, número que representa alta de 15% em relação aos ocorridos no mesmo intervalo de 2024.
No mesmo período, 798.656 clientes foram afetados por interrupções no fornecimento de energia elétrica provocadas por esse tipo de incidente. Comparado ao mesmo intervalo de 2024, quando 1.705 ocorrências impactaram 588.872 pessoas, houve aumento de 35% nos desligamentos.
A cidade de São Paulo lidera o ranking de 2025 até o momento, com 1.413 ocorrências e mais de 586 mil clientes impactados. Na sequência aparecem Osasco (114 ocorrências), Carapicuíba (95), Mauá (46), Santo André (36), Itapevi (32), Diadema e Barueri (31), Cotia (29), São Bernardo (28) e Taboão da Serra (25).
As linhas de pipas, principalmente quando cortantes ou utilizadas próximo à rede elétrica, enroscam-se nos fios e podem causar curtos-circuitos, danificar equipamentos e resultar em acidentes graves, inclusive fatais. Em bairros densamente povoados, esses incidentes ganham ainda mais dimensão, comprometendo a qualidade do fornecimento e aumentando os riscos à segurança da população.
A Enel São Paulo reforça a importância de soltar pipas apenas em locais abertos, longe da fiação elétrica, e jamais com uso de cerol ou linha chilena. A diversão só é completa quando é segura para todos.
Cidades com mais ocorrências de janeiro a junho de 2025
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Dicas de segurança
• Soltar pipas perto da rede elétrica é extremamente perigoso, sob risco da linha ou da pipa enroscar nos fios, ocasionando descarga elétrica. O mais indicado é empinar pipas em espaços abertos e afastados de fiações, como parques e campos de futebol;
• Caso a pipa se enrosque na rede, postes ou antenas, os praticantes não devem arremessar objetos nos fios nem tentar resgatá-los. Somente técnicos da distribuidora treinados para este trabalho, que exige o uso de equipamentos de segurança, estão aptos a manusear a rede;
• Materiais metálicos, como o alumínio, não devem ser usados na fabricação da pipa, pois conduzem eletricidade, aumentando a chance de choque elétrico, com risco de morte;
• Evite a utilização de “rabiolas”, pois elas agarram nos fios elétricos, desligando o sistema e provocando choques, muitas vezes fatais;
• Não é indicado soltar pipas na chuva. Ela funciona como para-raios, conduzindo energia e podendo provocar acidentes fatais;
• O uso de cerol (pó de vidro com cola) oferece mais um risco: ele corta os fios de alumínio ou de cobre, o que pode levar a choques por rompimentos de cabos;
• O uso da chamada linha chilena, que possui poder de corte quatro vezes maior que o cerol tradicionalmente usado nas pipas, tem agravado a situação. O risco de acidentes fatais é alto para pedestres e motociclistas e os danos à rede elétrica também são maiores;
• É aconselhável ter sempre um adulto responsável acompanhando as crianças no momento da brincadeira.
Com informações: Daniele Silva
Foto: Divulgação-Enel