Academia Brasileira de Rinologia e a Associação Brasileira de Otorrinolaringologia destacam que a sensação de nariz entupido é mais comum no inverno
A chegada do inverno traz mudanças climáticas e a redução da umidade do ar, fatores que contribuem para desconfortos que afetam a forma de respiração ideal para o organismo.
Nessa época, vírus e bactérias se propagam com maior intensidade e a sensação de nariz entupido, denominada pelos médicos como obstrução nasal, bem como o ressecamento das narinas se tornam mais frequentes, forçando a respiração pela boca, um hábito prejudicial à saúde.
Durante a Campanha da Respiração Nasal, realizada pela Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF) e a Academia Brasileira de Rinologia (ABR), com o apoio da Libbs Farmacêutica, especialistas conscientizam para a importância da respiração correta e dão dicas de como melhorar essa prática.
“A respiração nasal é essencial para a saúde e o bem-estar das pessoas, pois ela permite que o ar seja filtrado, aquecido e umidificado antes de chegar aos pulmões, ou seja, em condições ideais para oxigenar o nosso corpo, ajudando a prevenir doenças e aumentando a qualidade de vida”, explica o diretor da ABR e membro da ABORL-CCF, Dr. Ricardo Dolci.
O primeiro passo para quem não respira da forma correta ou tem dificuldade de puxar o ar pelo nariz é procurar um otorrinolaringologista para diagnosticar a causa, já que muitas pessoas sofrem com problemas que impactam as vias nasais, como gripes, resfriados, Covid-19, rinite alérgica, sinusite, desvio de septo, pólipos nasais, entre outros.
Caso a dificuldade seja por conta de um vírus, como o influenza – causador da gripe – ou rinossinusite bacteriana, o tratamento envolve medicamentos que combatem os sintomas das infecções virais e as bactérias geradoras.
Já se o entrave de respirar pelo nariz tiver causa alérgica, é importante evitar o contato com as substâncias que irritam as vias aéreas, como pólen, poluição, poeira, pelos de animais, fumaça, entre outras partículas.
Caso a obstrução nasal aconteça devido ao desvio de septo, cornetos e/ou adenoide aumentada (popularmente chamados de “carne esponjosa”), a cirurgia pode ser a opção mais indicada.
Cuidados com o nariz
Além da avaliação do especialista para identificação da causa que está prejudicando a respiração correta, alguns cuidados podem ser adotados no dia a dia para melhorar o ciclo respiratório.
Um dos principais é realizar a lavagem nasal com soro fisiológico ou solução salina, ao menos uma vez ao dia.
“Essa prática ajuda a remover as secreções e a sujeira que se acumulam no nariz, aliviando a obstrução e outros sintomas de rinites e sinusites. Além disso, esse hábito de higiene também é preventivo para evitar doenças”, explica Dolci.
Umidificar o ambiente, usando umidificadores de ar ou recipientes com água, é indicado pelos especialistas para trazer mais conforto. Além disso, tomar um banho com água quente é outra dica que alivia a irritação das vias respiratórias, pois ajuda a hidratar a região e desobstruí-la.
Manter uma boa hidratação ingerindo de 2 a 3 litros de água, praticar exercícios físicos, não fumar e fazer o controle do ambiente, assegurando que os espaços estejam limpos e arejados, também ajudam na saúde respiratória.
“Respirar pelo nariz é a forma correta e traz benefícios como a melhora do sono, do rendimento físico e mental, da disposição e do equilíbrio emocional. Além disso, também pode prevenir complicações, como infecções respiratórias, apneia do sono, ronco e alterações dentofaciais. Quem possui algum desconforto deve procurar um médico otorrinolaringologista para uma avaliação”, finaliza Dolci.
Sobre a ABORL-CCF
Com 75 anos de atuação entre Federação, Sociedade e Associação, a Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF), Departamento de Otorrinolaringologia da Associação Médica Brasileira (AMB), promove o desenvolvimento da especialidade através de seus cursos, congressos, projetos de educação médica e intercâmbio científicos, entre outras entidades nacionais e internacionais. Busca também a defesa da especialidade e luta por melhores formas para uma remuneração justa em prol dos mais de 8.500 otorrinolaringologistas em todo o país.
Com informações: Cidiana Pellegrin