HUGO ANTONELI JUNIOR
INDAIATUBA – Um homem de 49 anos morreu na noite de terça-feira (24) na Unidade de Pronto Atendimento (Upa), do Jardim Morada do Sol. Ele deu entrada no local com dores no peito, foi medicado, mas não resistiu à uma parada cardíaca.
Tudo isso aconteceu horas depois de ele ter ido ao Hospital Augusto de Oliveira Camargo (Haoc) com sintomas parecidos. Lá, ele fez exames e foi liberado. A família busca explicações para saber se houve negligência no atendimento do paciente. [leia os esclarecimentos do hospital mais abaixo]
“Na procura de documentos para fazer o funeral, a gente achou um eletro [exame do coração], que ele tinha feito lá no Haoc”, conta a esposa ao Comando Notícia. “A médica disse que ele já estava infartando quando passou lá e que ele não deveria ter sido liberado”, diz, sem revelar a identidade da médica que fez esta avaliação. “Podiam ter salvado ele”, afirma.
O Haoc, via assessoria de imprensa, afirmou que acionou a médica responsável pelo atendimento a se posicionar, levantou a ficha de atendimento e os exames lá realizados, assim como a coordenação médica da Upa para juntar informações e depois submeter à análise das comissões de ética e o Conselho Regional de Medicina (CRM).
“Em tese, trata-se de paciente jovem de 49 anos com queixa de dor no tórax, sem histórico passado de doença coronária, mas de hipertensão arterial, cujo o exame aqui se mostrou dentro da normalidade, e como os sintomas se acalmaram foi liberado para investigação ambulatorial”, afirma, em nota.
“Já elaboramos uma sindicância interna, que será submetida a comissão de ética médica e ao CRM. A família terá acesso a sindicância, quando concluída”, prossegue. “Temos a esclarecer que as informações sobre patologias de nossos pacientes estão sob sigilo ético, e portanto, não podemos liberar publicamente o conteúdo de seus atendimentos médicos”, encerra, sem dar os prazos que a investigação interna levará.
O Upa, também via assessoria de imprensa da Prefeitura, afirmou que paciente deu entrada no dia 24 de outubro de 2017, às 22h46, alegando dor torácica. “Foi atendido na sala vermelha (emergência), onde foi medicado, fez exames, mas teve uma parada cardíaca e veio a óbito.”
