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Pacientes lamentam saída de médicos cubanos de Indaiatuba; atendimento não foi afetado

O atendimento médico em Indaiatuba não foi afetado pela saída dos médicos cubanos, registrada há cerca de duas semanas. Eles atuavam na unidade de saúde do Parque Corolla, Jardim Morada do Sol. O Comando Notícia foi até a unidade e viu que os atendimentos e consultas prosseguem normalmente mesmo com dois profissionais a menos. Não há avisos nas paredes e os pacientes que conversaram com a reportagem também relataram normalidade.

A Prefeitura não respondeu se houve a substituição dos profissionais ou se há prazos até o momento. Indaiatuba chegou a ter quatro cubanos, mas recentemente dois foram mantidos. Ao todo, entre brasileiros formados no exterior e estrangeiros de outros países exceto Cuba, são 14 vagas permitidas pelo Ministério da Saúde para programa Mais Médicos.

Ao Comando Notícia, pacientes que saíam na unidade na manhã desta terça-feira (4) disseram que os médicos eram bem atenciosos. “Eles atendiam muito bem”, disse uma senhora que não quis se identificar. “Não está faltando médico não”, disse outra. “O atendimento está normal, os médicos estão chamando os pacientes, sem problemas. Uma terceira paciente lamentou a saída dos cubanos. “Que pena que eles saíram. Eram bem atenciosos, gente boa, uma maravilha no atendimento.”

Saída dos médicos e substituição

Profissionais cubanos que atuavam no programa Mais Médicos começaram a deixar o Brasil no final do mês de novembro. A informação foi divulgada pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), responsável pela intermediação do convênio entre Brasil e Cuba. A estimativa da organização é que o processo de saída dos mais de 8 mil médicos contratados no âmbito do convênio dure até o dia 12 de dezembro. O retorno ocorre por decisão do governo cubano, que chamou de volta os profissionais por desacordo com condições impostas pelo presidente eleito.

O Ministério da Saúde informou no final da semana passada que mais da metade das vagas preenchidas no Programa Mais Médicos estão em regiões de alta vulnerabilidade e de extrema pobreza. De acordo com o balanço, dos 8.366 médicos que já estão aptos a se apresentarem aos gestores locais, 53,3% escolheram cidades com maior vulnerabilidade. Os profissionais que escolheram as periferias das capitais e regiões metropolitanas somaram 17,3%.

Segundo o ministério, até quinta-feira, o sistema alcançou 33.542 inscritos com registro (CRM) no Brasil. Desse total, 8.366 profissionais foram distribuídos para atuação imediata. As inscrições prosseguem até dia 7 de dezembro.  Dados repassados pelos municípios apontam que 1.644 profissionais já se apresentaram ou iniciaram as atividades. A apresentação à cidade tem data limite até 14 de dezembro e o começo da atuação deve ser estabelecido junto ao gestor local.

fotos: Comando Uno/Comando Notícia