Padre de Indaiatuba investigado por estupro de vulnerável é preso em São Carlos
O padre investigado por estupro de vulnerável em Indaiatuba (SP) foi preso em São Carlos (SP), nesta terça-feira (3). Policiais civis cumpriram mandado de prisão contra o religioso, que teve a prisão temporária expedida pela Justiça por não ter comparecido à delegacia prestar esclarecimentos sobre o caso.
O padre é suspeito ainda de ferir o Estatuto da Criança e Adolescente (ECA) após o adolescente de 16 anos relatar que foi embebedado e induzido a fazer sexo com ele.
A prisão está sendo registrada como “captura de procurado” em São Carlos, cidade onde ele deve passar por audiência de custódia antes de ser encaminhado, nesta quarta (4), para Indaiatuba, onde será formalmente indiciado pela delegada que cuida da investigação.
Assim que o caso veio à tona, a Arquidiocese de Campinas informou que o padre pediu o afastamento do ministério. Além disso, informou que “fez os encaminhamentos legais por meio do seu corpo jurídico e canônico”.
Estupro após jantar
O boletim de ocorrência foi registrado no dia 19 de maio. Segundo o jovem, o crime ocorreu na noite de domingo (18), após o padre convidá-lo para jantar.
O pai do jovem procurou a polícia para relatar que o filho foi convidado pelo padre para jantar após a missa. No restaurante, o jovem teria pedido para consumir bebida alcoólica e o padre comprou dois drinks com vodca.
Após o jantar, o padre convidou o adolescente para ir até a casa dele – que fica no andar de cima da igreja – e tentou massagear as costas dele, mas o jovem se recusou.
Segundo o relato do pai, o padre ofereceu uísque e disse que o jovem deveria beber para “ficar mais relaxado”.
Ao beber, o adolescente ficou levemente embriagado, tonto e desorientado e apresentando confusão metal, segundo o boletim de ocorrência.
O padre, então, pediu para o jovem se despir e recomeçou a massageá-lo. Em seguida, exigiu que fizesse sexo com ele. Depois, mandou que vestisse roupa porque iria levá-lo para casa.
Denúncia
Ao voltar para casa, o adolescente não conseguiu contar para os pais, mas relatou, no dia seguinte, para a terapeuta – que o encorajou a fazer a denúncia.
O jovem contou aos pais, que procuraram a delegacia para registrar o boletim de ocorrência.
O caso foi registrado como estupro de vulnerável, porque o padre deu bebida alcoólica ao adolescente, e pelo artigo 243 do ECA, que prevê punição para quem entregar produtos que possam causar dependência.
Foto: Gustavo Biano-EPTV
