CidadesPolícia

Papai Noel GCM é largado na rua durante perseguição a carro roubado em SP: ‘fiquei distribuindo pirulito’

O Papai Noel da Guarda Civil Municipal (GCM) de Guarujá, no litoral de São Paulo, precisou ser largado na rua após uma pessoa, que havia acabado de ter o carro roubado, abordar a viatura que ele estava. Após conseguir recuperar e fazer a devolução do veículo, a equipe voltou para buscar o “bom velhinho”, que ficou distribuindo pirulitos para as crianças.

“Um olhou para a cara do outro. Na hora pensamos o que fazer. Eu falei que desceria ali enquanto meus colegas iriam atrás dos bandidos. Eu fiquei na esquina entregando pirulito para as crianças, Foi bem inusitado”, explicou o GCM Adilson Ricardo Teiveira, que estava vestido de Papai Noel.

Teixeira, de 60 anos, que trabalha na segurança da cidade há 21, é o responsável fazer a alegria das crianças das creches municipais e da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Guarujá no Natal há 13 anos. Ele conta com a ajuda de mais dois motociclistas da guarda, que fazem a escolta.

A reportagem, Adilson contou que a ideia surgiu da GCM Mara Lima, que chegou com uma roupa de Papai Noel pedindo para ele ser o bom velhinho por um dia em uma comunidade da cidade. Desde então, o guarda nunca mais parou e tem colecionado histórias emocionantes.

À reportagem, sem conseguir segurar as lágrimas, o Papai Noel GCM contou um desses momentos: “Eu sou baixo, tenho 1,68m, e eu já abracei um jovem que tinha mais de 2 metros, casado, quase 40 anos. Ele veio na minha direção e pediu uma fotografia, porque ele nunca tinha tido uma foto com o Papai Noel. Essas coisas tocam a gente, são crianças humildes, que às vezes não conseguem ir ao shopping e pagar R$ 20 para tirar uma foto”.

Há seis meses, a mãe de Adilson faleceu aos 90 anos. De acordo com ele, sempre é emocionante, mas, neste ano foi mais complicado aderir ao personagem, já que ela adorava as ações que o filho fazia.

“Eu passava de moto com uns colegas na porta da casa dela, entrava, abraçava, e ela adorava. Eu lembrei muito dela nesses dias. Foi bastante duro, mas com felicidade. É muito gratificante. Às vezes, é contratado um Papai Noel que vem aqui para ganhar dinheiro e vai embora, porque ele é profissional. Eu não sou, eu sou voluntário por amor”, afirmou.

GCM Adilson Ricardo Teixeira de Papai Noel na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Guarujá (SP) — Foto: Arquivo Pessoal

Pedidos para o Papai Noel GCM