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Para não aumentar preço, comerciantes de Indaiatuba reduzem margem de lucro

HUGO ANTONELI JUNIOR

INDAIATUBA – Os sucessivos aumentos nos combustíveis e no gás de cozinha causam um efeito cascata na economia. Tudo o que é transportado via caminhões, por exemplo, sobe quando o litro do diesel fica mais caro. No caso de restaurantes indaiatubanos, o aumento do gás – que chegou a ser comercializado a R$ 75 na cidade, tem que ser repassado para o cliente, mas isso torna o negócio menos competitivo. O Comando Notícia conversou com dois empresários sobre as dificuldades que o ramo alimentício passa com o aumento do gás.

O sócio proprietário da Casa da Esfiha, Hélio Rubens Batista, afirma que o custo do gás subiu 30% nos últimos dois meses. “A gente consome mais ou menos R$ 20 mil de gás todos os meses, até conseguimos negociar um preço melhor com os fornecedores em alguns casos, mas se continuar subindo, teremos que repassar para o consumidor final, já que você passa a trabalhar com uma margem de lucro muito pequena”, diz.

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“O nosso desafio é manter a qualidade dos nossos produtos mesmo com diminuição necessária de despesas, o que geralmente acontece com alguns projetos que estamos de gerar a própria energia e trocar equipamentos para baratear custos”, revela o comerciante que possui duas filiais e um drive thru.

Gomes, da Esfiha & Cia, é outro empresário que precisou colocar tudo na ponta do lápis. “Não fui o único. Porque quando há aumento em qualquer tipo de combustível, isso te afeta e você é praticamente obrigado a fazer o repasse. Por outro lado, se você aumenta o preço, perde a competitividade e torna o negócio inviável”, analisa.

“Por enquanto, a gente não repassou, mas gera um certo desconforto. Porque o dinheiro vale menos, dá para comprar menos e para todo mundo é assim. A culpa por possíveis aumentos futuros não é nossa, da gente que está na luta, nós apenas repassamos o que vem de cima e isso complica muito”, finaliza.

Consumidor

Alguns indaiatubanos ouvidos pelo Comando Notícia falaram sobre como estão tentando driblar estes aumentos no gás utilizando algumas dicas simples ou até trocando o uso do fogão por aparelhos elétricos como microondas ou panelas elétricas de arroz, fritadeiras.

fotos: Hugo Antoneli Junior/Comando Notícia