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Paratleta andreense, Jaime Ruiz, aos 57 anos, inspira com sua jornada notável no Karatê

Jaime Ruiz no 24° Campeonato Mundial de Karatê, em Madri – Espanha, no Ginasio Wizink Center Madrid Espanha 2018  

Santo André, SP – A história de superação do paratleta Jaime Gonzalez Ruiz é uma verdadeira fonte de inspiração. Ruiz, que reside em Santo André, São Paulo, tem desafiado obstáculos e conquistado inúmeras vitórias ao longo de sua carreira no Karatê, apesar das dificuldades financeiras que enfrenta e da falta de apoio das autoridades públicas. 

Atualmente, o atleta está fazendo uma vaquinha para arrecadar fundos para a compra de uma cadeira de rodas no valor de R$ 12 mil. As doações podem ser feitas neste link. “Minha vida para, se minha cadeira se quebrar, como já aconteceu, porque ela é feita sob medida”, afirma Jaime Ruiz. 

Ruiz, que começou sua jornada no Karatê em 2009, após se tornar cadeirante, não permitiu que sua condição limitasse suas ambições. Ele descreve o Karatê como uma parte vital de sua recuperação e autoestima, enfatizando valores como paciência, disciplina, concentração e foco que a prática dessa arte marcial trouxe à sua vida.

O paratleta, que é faixa preta 2º Dan Federado e confederado, árbitro PCD de Karatê e técnico, oferece uma história de resiliência e determinação que inspira a todos. Ruiz acumulou uma impressionante lista de conquistas, incluindo:

  • Hexacampeão Paulista
  • Hexacampeão Brasileiro
  • Campeão Sul-Americano
  • Tricampeão Pan-Americano
  • Campeão Europeu
  • Medalhista Mundial

Apesar de todas essas conquistas, Jaime Ruiz enfrenta desafios significativos. Ele não recebe apoio financeiro dos órgãos públicos, não possui bolsa atleta e carece de assistência da prefeitura de Santo André. Treinar em um tatame inadequado para cadeira de rodas tornou-se uma rotina, e sua participação em competições muitas vezes depende da venda de rifas, bolos e outros produtos para levantar fundos. 

A falta de patrocinio e recursos financeiros fez com que Jaime ficasse fora de diversos campeonatos mundiais. Ele compete na categoria de cadeirante no Kata (luta virtual) e não enfrenta restrições de idade em sua categoria, competindo com atletas bem mais jovens. 

Ele se descreve como “um atleta focado, otimista, determinado e perseverante em seus objetivos” e treina regularmente sob a orientação de sua sensei. 

Ao compartilhar sua visão sobre o esporte atualmente, Ruiz enfatiza a necessidade de apoio dos órgãos públicos e dirigentes. Ele observa que, embora outros paratletas de Karatê em diferentes municípios e estados recebam apoio das prefeituras, a situação em Santo André é desanimadora, carecendo de incentivo financeiro e patrocinadores. Quando questionado sobre seus principais desafios, Ruiz destaca a necessidade premente de patrocinadores e a obtenção de uma cadeira de rodas adequada para treinos e competições.

Com informações: Sheep Comunicação

Foto: Divulgação