HUGO ANTONELI JUNIOR
INDAIATUBA – Nos últimos dias a Europa passa por uma onda de calor histórica que tem causado estragos catastróficos em muitos países. O Comando Notícia conversou, então, com uma indaiatubana que mora na capital inglesa para descobrir como está a rotina dos ingleses em meio ao calorão. “Parece uma sauna”, afirma Ariane Alves, de 23 anos, indaiatubana que mora com parentes na capital inglesa.
“Lembra bem o Brasil [o calor], a diferença é que aqui as casas e o transporte público, por exemplo, não são preparados para o calor. Então, a gente sente tudo muito abafado porque é tudo muito fechado pelo costume do frio”, diz. Em uma das cidades mais conhecidas da Europa, as pessoas trocam os agasalhos por roupas mais leves. “O sol nasce lá pelas 4 horas e se põe às 22 horas. Então, o povo sai do trabalho e pula para os parques ou para os pubs.”
No aplicativo do celular, Ariane diz que até aparece chances de chover, mas que não acontece. “Não teve recentemente e a temperatura está em torno de 36ºC”, diz.
A comparação com o Brasil é inevitável, mas ela não sabe dizer que os “calores” são equivalentes. “Depois que você passa pelo frio daqui, meio que esquece de como é no Brasil. Não sei comparar, mas com certeza os ambientes são mais quentes, tipo sauna mesmo.”
Apesar da falta que sente dos pais que ainda moram no bairro Juscelino Kubitschek, Ariane revela que não pretende voltar ao Brasil, de onde saiu em 2016. “Só para visitá-los, mas para morar não me vejo mais fora daqui”, diz ela, que estudou na escola Maria Aparecida quando morava em Indaiatuba.
Onda de calor
A Europa seguia nesta quinta-feira sentindo os efeitos de uma forte onda de calor, que elevou as temperaturas a níveis recordes, especialmente no norte do continente, enquanto no sul a Grécia se recuperava do mais devastador incêndio de sua história recente.
O Reino Unido registrou nesta quinta-feira as temperaturas mais elevadas de 2018, com 35ºC no Aeroporto de Heathrow e em St James’s Park, em Londres, segundo o Serviço Nacional de Meteorologia. As autoridades decretaram alerta ambiental de “nível elevado” para Londres.
Os bombeiros também emitiram uma proibição temporária de fogueiras, em um ano que já registrou seis vezes mais incêndios em bosques em relação a 2017. Nesta sexta-feira poderá ser quebrado o recorde de 38,5 graus registrado na Inglaterra em 2003.
fotos: divulgação/arquivo pessoal
