Petição pela redução da jornada de trabalho dos professores já conta mais de 75 mil assinaturas – Comando Notícia
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Petição pela redução da jornada de trabalho dos professores já conta mais de 75 mil assinaturas

Professor cansado jornada

Proposta do Centro do Professorado Paulista (CPP) visa reduzir a jornada para 30 horas semanais, sem diminuir a remuneração

petição pela redução da jornada de trabalho dos professores da educação básica atingiu quase 75 mil assinaturas. O objetivo dessa proposta é alterar o 2º Artigo da Lei nº nº 11.738/2008 que estabelece o limite de 40 horas semanais para garantia do piso salarial, atualmente de R$4.867,77. Caso a redução seja aprovada, a jornada será de 30 horas, com os mesmos direitos de remuneração.

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O abaixo-assinado foi criado pelo Centro do Professorado Paulista (CPP) com o objetivo de ser entregue ao Congresso Nacional para votação.  Organismos como OCDE e Banco Mundial enfatizam que a definição de boas políticas docentes inclui, entre outros fatores, a limitação adequada da carga horária, inclusão formal e remunerada de atividades extraclasse e mecanismos que protejam a saúde física e mental dos professores, por entenderem que excesso de trabalho prejudica tanto a aprendizagem dos estudantes quanto a motivação dos profissionais.

“Entendemos que mudanças significativas na educação ocorrem quando o magistério é valorizado e tem condições de trabalho adequadas. Caso a lei seja alterada, os professores ficarão menos sobrecarregados e também ganharão mais tempo para cuidarem de si”, explica Alessandro Soares, diretor-geral administrativo do CPP e criador da petição. 

Soares é advogado e membro do CPP desde 1998, quando atendia professores na sub-sede do Tatuapé, na capital paulista. Atualmente, ele cumpre uma agenda de visitas à prefeituras municipais de São Paulo e reuniões com secretários de educação do estado. 

“Luto pelo magistério público há 27 anos e este abaixo-assinado é fruto de conversas diárias com representantes da categoria. Todos os professores, sejam eles da rede municipal ou estadual, merecem ser valorizados financeiramente e também com infraestrutura e segurança adequada”, destaca. 

Com informações: Verônica Andrade

Foto: Divulgação