
A Polícia Federal (PF) faz, na manhã desta terça-feira (8), uma operação contra uma quadrilha de tráfico internacional de drogas, por meio passageiros em linhas aéreas que tinham como destino o Aeroporto de Viracopos, em Campinas-SP
Segundo a investigação, o grupo era especializado em esconder o entorpecente, com origem na Bolívia, em compartimentos ocultos de veículos e fazer o transporte com uso de voos comerciais.
No total, são cumpridos nesta terça quatro mandados de prisão preventiva e seis de busca e apreensão em Campo Grande (MS) e Corumbá (MS). As ordens foram expedidas pela 9ª Vara Federal de Campinas. A Justiça autorizou ainda o bloqueio de bens e uso de tornozeleira eletrônica para investigados que não tiveram as prisões decretadas.
De acordo com a PF, o grupo usava estratégias como uso de contas bancárias, chaves PIX e cartões de crédito em nome de terceiros, além da tentativa de disfarçar operações por meio de aplicativos e mensagens cifradas, para dificultar a atuação da polícia e dissimular as células da quadrilha em diferentes localidades do Brasil.
A investigação
Segundo a Polícia Federal, a investigação começou em Jaú (SP) a partir de uma abordagem de rotina da Polícia Rodoviária em um ônibus que tinha saído do Campo Grande e iria para o Rio de Janeiro. Dentro do veículo, a corporação encontrou uma passageira com duas etiquetas de bagagem de um voo de Corumbá para Campinas.
Depois de ser questionada, a mulher disse que as etiquetas estavam relacionadas a duas malas que ela havia transportado de Corumbá para o Aeroporto Internacional de Viracopos no dia 24 de março de 2024. Ela disse, sem explicar o motivo, que abandonou as bolsas. Após inspeção nas malas, a PF achou 26 kg de maconha e 2 kg de cocaína.
Depois disso, a corporação começou a investigar e identificou a quadrilha. O material apreendido no Mato Grosso do Sul nesta terça será encaminhado para a Delegacia da Polícia Federal em Campinas.
A operação recebeu o nome de Tramesa, um neologismo criado pela junção da palavra “trames”, do latim, e “mesa”, em referência à logística por trás da rota que chega a Viracopos. Os investigados vão responder por tráfico internacional de drogas, com penas que podem chegar a 35 anos de prisão.
Foto: Divulgação-Polícia Federal