HUGO ANTONELI JUNIOR
INDAIATUBA – Policiais militares encontraram um macaco no final da tarde de quarta-feira (25). Eles receberam um denúncia de que o animal estava sofrendo maus tratos, mas não constatou a situação, apenas a falta de documentação.
Foi feito um Boletim de Ocorrência e a família levou o macaco de volta para casa, compromissados em atender a Polícia Ambiental que entraria em contato em seguida.
De acordo com a família, o macaco ganhou até um nome: “Jack”. Ao Comando Notícia, eles disseram que o animal é de Salto. “Um parente achou ele em Salto e trouxe para cá”, conta. “Ele fica em uma gaiola bem grande lá, a gente alimenta com frutas”, prossegue, confirmando que não se trata de uma chácara, mas, sim, de uma casa “normal”.
Ouvimos professores de veterinária da Max Planck que confirmaram a espécie do macaco. “Trata-se de um sagui de tufo preto (Callithrix penicilatta)”, afirmam. “Segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), Salto está no limite sul da distribuição geográfica, ou seja, é um local em que há espécies do tipo.”
O ideal, segundo os especialistas, não é a criação em cativeiro. “Não é recomendado e, sem a devida documentação, é crime ambiental”, lembram. “Mas é possível conseguir uma autorização para criar nos órgãos competentes, mas é complexo e leva um tempo”, encerram.
Macaco-prego na Tuiuti
Em junho de 2014, um macaco-prego agitou o Centro de Indaiatuba. O animal foi visto em uma árvore na rua Ademar de Barros, no bairro Cidade Nova, por alunos de uma escola. Aí foi um corre-corre danado que uniu forças de diversas entidades na época.
No dia seguinte, com ajuda de uma equipe da Associação Mata Ciliar, de Jundiaí, o animal foi recuperado após uma longa “perseguição” pela contramão da rua Tuiuti. Na época, o macaco foi levado à Jundiaí, para um local adequado nestes casos.
Fotos: Hugo Antoneli Junior/Comando Notícia
