O preço do gás de cozinha teve um novo aumento este ano e já é sentido pelos consumidores de Campinas (SP) nesta quinta-feira (2). Desta vez, a justificativa das distribuidoras para a alta no valor do botijão de 13kg é o dissídio salarial da categoria. Há revendedoras cobrando R$ 119.
Dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP) dos valores médios para o botijão este ano na metrópole apontam uma variação de quase R$ 20 desde janeiro até agosto, o equivalente a 24% de aumento. Veja mês a mês abaixo:
- Janeiro: R$ 73,04
- Fevereiro: R$ 75,45
- Março: R$ 80,63
- Abril: R$ 81,35
- Maio: R$ 81,38
- Junho: R$ 83,36
- Julho: R$ 88,91
- Agosto: R$ 90,44
Um levantamento da reportagem , nas revendedoras da cidade nesta quinta, já com o novo reajuste em vigor, mostra que há estabelecimentos cobrando de R$ 95 a R$ 119 neste início de setembro.
De acordo com a categoria, a alta nos valores é para cobrir os custos da revenda e de transporte, causados pela inflação, e pelo aumento no salário dos funcionários.
Paulo Oliveira é dono de uma revendedora no bairro Vila Nova e afirma que tem sido difícil fazer os repasses para os consumidores.
“A gente sente que o consumidor já não está questionando muito. Na hora que compra, só fala: ‘Ah, aumentou?’ Ele acaba aceitando, mas a gente vê que está doendo muito no bolso. Nós, como revenda, a gente também não está tendo sucesso, porque o que veio da companhia, a gente passa, e a gente acaba tendo que assumir alguns custos”.
“Está muito difícil pra gente sobreviver nesse segmento com as condições de hoje”, completa.
Com informações: G1 Campinas
Foto: Arquivo/Comando Notícia