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Prefeitura comemora primeiro ano do Caminho das Rosas sem feminicídios em Indaiatuba

A Prefeitura de Indaiatuba (SP) apresentou dados e ações do primeiro ano do programa Caminho das Rosas – contra a violência que atinge as mulheres. Autoridades políticas, policiais, empresárias e representantes da sociedade civil se reuniram no Mosteiro de Itaici na quarta-feira (25). A secretária de Cultura e primeira-dama Tania Castanho celebrou o primeiro ano da iniciativa sem o registro de mortes por feminicídio na cidade.

“Escutei recentemente de uma conhecida que ela estava em um relacionamento abusivo e que estava procurando um lugar para morar e sair desta situação. São coisas que a gente não ouvia antes”, conta. “A ação em conjunto gera muitos resultados. Há muitas empresárias que estão dando oportunidades para que essas mulheres se sintam acolhidas. Não é qualquer governo que coloca a mão em uma cumbuca igual essa”, ressalta.

Dados. De janeiro a agosto de 2019 a Guarda registrou 151 casos de violência doméstica contra a mulher, aumento de 29,05% com relação aos registros de 2018 (117). Durante todo o ano de 2017 foram apenas 78 ocorrências. As prisões em flagrante também deram um salto significativo, passando de seis em 2018 para 43 até agosto deste ano.

A delegada Bruna Romeiro ressaltou que em média 70% dos flagrantes de violência contra a mulher registrados em Indaiatuba são atendidos por guardas. Um mapeamento realizado pela corporação mostrou que em Indaiatuba a maioria dos casos são registrados às terças-feiras, sábados e domingos e nos horários que compreendem o final da tarde até a madrugada (das 18h às 3h). A maioria das vítimas tem entre 20 e 39 anos, a mesma faixa etária da maioria dos agressores.

O prefeito Nilson Gaspar (MDB) também falou sofre o tema. “Não podemos deixar que estes casos cheguem à delegacia. Com a crise que estamos passando, muitas pessoas vão para o álcool e drogas, e aí acabam se perdendo na depressão e agridem a família. Os casos vem aumentando, o que é bom, porque significa que as pessoas estão denunciando mais. O que nós, como poder público, podemos fazer, é preparar as nossas equipes, principalmente de saúde, para que quando uma mulher chegue ao pronto socorro precisando de atendimento, seja levada a um lugar diferenciado e tratada imediatamente.”

foto: divulgação