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Primeira mulher a comandar a GCM em SP ganha homenagem na Alesp

Após 33 anos da sua criação, a Guarda Civil Metropolitana tem a primeira mulher no comando de um batalhão. Elza Paulina de Souza tem 52 anos e está na corporação desde que foi criada, em 1986. O pioneirismo da comandante mereceu uma homenagem recebida na última sexta-feira (8/11), na Assembleia Legislativa. A proposição da sessão solene foi do deputado Adalberto Freitas (PSL), que celebrou o fato de uma mulher estar em um posto como esse na capital paulista.

“Além de valorizarmos o trabalho da guarda civil em São Paulo e no interior, a comandante Elza tem uma história muito bonita na corporação. Eu fui presidente de Consegs (Conselho de Coordenadoria Estadual dos Conselhos Comunitários de Segurança) e sei o quanto eles são importantes para a segurança do Estado”, declarou o parlamentar. Em Indaiatuba (SP), desde 2017 a Guarda tem uma mulher, Marilza Souza, como comandante.

Em São Paulo, a nova comandante está no cargo desde abril deste ano e quer fortalecer o trabalho em conjunto com a polícia militar. Antes de entrar para a polícia, ela trabalhou como empregada doméstica no interior paulista. “Como uma grande parcela da população brasileira tive uma história difícil, com uma infância complicada, porém o mais importante é acreditar que pode ser diferente. Foi a instituição que me trouxe aqui. Embora eu tenha sonhado com isso, muito do que eu sou hoje é por conta dessa guarda civil metropolitana, a qual eu honro e luto para levar adiante. Para mim, é um grande prazer e também um desafio representar essa GCM”, declarou.

Tecnicidade e ações melhores

Elza também quer aprimorar a valorização dos profissionais da área e melhorar a capacitação da GCM no apoio às operações das secretarias municipais. “A capacitação é uma forma de trazer uma tecnicidade à corporação, melhorando assim suas ações, tendo um reconhecimento maior na área da segurança. O importante é que a gente saiba o que está fazendo com técnica, sabedoria e experiência”, afirmou.

Além disso, a nova comandante pretende aumentar o efetivo da corporação para ações como a segurança da cracolândia, área ocupada por usuários de drogas no centro da capital paulista. “Essa região é um trabalho em conjunto, que requer um esforço de todas as instituições, ou seja, do governo municipal, estadual e federal. Não é possível fazer uma ação por lá com uma única instituição. Todos devem atuar como se faz hoje, cada um com seu papel”, finalizou.

foto: Alesp