Polícia

Prisões da região tem mais que o dobro de superlotação

com informações do G1 Campinas

A ocupação carcerária nos presídios das regiões de Campinas (SP) e Piracicaba (SP) está acima da capacidade prevista, apontam dados da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP). As situações mais alarmantes estão nas duas penitenciárias de Hortolândia (SP) e na prisão de Piracicaba.

O levantamento também apontou superlotação nos Centros de Detenção Provisória (CDPs) de Americana (SP), Limeira (SP) e do município de Hortolândia. Os locais abrigam os presos que aguardam julgamento.

As unidades de Piracicaba e as duas de Hortolândia foram projetadas para abrigar 2.402 dententos, mas os números mostram que as três estruturas juntas abrigam 5.209 presos, mais que o dobro do que a capacidade prevista. As prisões recebem presos já julgados e condenados. A situação mais alarmante está na penitenciária de Piracicaba. A unidade está 120% acima do limite.

Na região de Campinas, a prisão Hortolândia II já atingiu 119% a mais da ocupação carcerária. O local é seguido pela penitenciária Hortolândia III, que apresenta superlotação de 110% acima da taxa de ocupação.

O levantamento da SAP aponta situação parecida nos CDPs de Americana, Hortolândia e Limeira. As unidades foram projetadas para abrigar 2.307 presos, mas estão com 4.121 atualmente. As unidades recebem os detentos que ainda não foram condenados.

O CDP de Limeira, menos de dois anos após a inauguração, já tem duas vezes mais detentos do que lugares. O Centro de Detenção Provisório de Americana está com 77% acima da capacidade prisional, seguido de Hortolândia, com 50% acima do limite.

Em nota, a Secretaria da Administração Penitenciária disse que ampliou as vagas no sistema prisional de São Paulo com a inauguração de cinco presídios no ano passado. Outros sete serão entregues no primeiro semestre deste ano, totalizando 10 mil vagas.

Informou ainda que houve redução de 2.031 presos no ano passado em relação ao ano anterior, em decorrência da atuação da Justiça na análise célere para a concessão de direitos previstos em lei. Disse que essa redução aconteceu, mesmo com aumento de 8,68% na entrada de presos nas unidades em 2019, por causa das ações de segurança do Governo de São Paulo.