Cidades

Procura por limão e laranja aumenta e os preços sobem

com informações do G1

Em meio à pandemia do novo coronavírus, cresceu a busca por frutas cítricas, como limão e laranja, nas Centrais de Abastecimento (Ceasas) do país, onde o trabalho continua durante o isolamento social. A “cadeia de alimentos” do país não para durante a quarentena . O setor é considerado serviço essencial pelos decretos das esferas municipal, estadual e federal.

Para que os limões, laranjas, e todos os outros produtos alimentícios cheguem à mesa do brasileiro, existe toda uma cadeia de alimentos no país, que, considerada serviço essencial, não pode parar. Ela começa no produtor, na área rural, e passa pelo caminhoneiros e por profissionais de logística, abastecimento e distribuição. No último domingo (22), chegou a circular uma mensagem em redes sociais, para que as pessoas aplaudissem esses profissionais nas janelas às 20h30.

Para o presidente da Associação Brasileira das Centrais de Abastecimentos (Abracen), Gustavo Melo, para que essa cadeia seja eficiente, “a primeira coisa é manter as rodovias funcionando”. O presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra, contou que no começo da crise chegou a encontrar bloqueios em rodovias.

“Tivemos dificuldades de logística porque alguns estados estavam fechando estradas, mas recorremos a todos os governadores e recebemos compreensão, e liberaram a passagem dos produtos alimentícios e insumos”, disse Francisco.

Os consumidores buscam por laranjas e limões para fortalecer a imunidade, já que alimentos ricos em vitamina C ajudam a formar as células de defesa. No entanto, os médicos alertam: as frutas não previnem o coronavírus. No maior entreposto do país, em São Paulo, há cerca de 10 dias se percebe um aumento por esses produtos. “Nós observamos que realmente houve uma demanda maior para o setor cítrico, em torno de 20 a 30%”, disse o presidente do Ceagesp, Johnni Hunter Nogueira.

Junto com o aumento da procura, veio o aumento dos preços, principalmente do limão. Segundo Johnni, a caixa do limão, que geralmente é vendida de R$15 a R$20, está saindo por R$20 a R$25. Já a da laranja chegou a ser vendida por R$50 nesta quinta-feira (26).

Segundo a equipe de Hortifruti do Cepea (Centro de Pesquisas Econômicas da Escola Superior de Agricultura), da USP, o limão tahiti atingiu a maior cotação do ano nesta semana. A fruta está em um período de pico da safra, que vai de janeiro a março, então os preços estavam em baixa. Já a laranja, é o oposto, ela está no período de menor oferta do ano, então os valores já estavam mais altos.

O aumento da procura desses produtos também se vê em outros ceasas do país, como no de Pernambuco, Minas Gerais e Ceará, informou o presidente da Associação Brasileira das Centrais de Abastecimentos (Abracen), Gustavo Melo. “Em Pernambuco, o preço do limão subiu mais de 100%”, disse Gustavo.

foto: divulgação