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Produtos vindos da China não são capazes de transmitir coronavírus, diz especialista

com informações do G1 Sorocaba

Depois de semanas – ou até meses – de espera, aquela tão esperada compra que você fez em um site da China chega na sua casa. Você abre o pacote e, ao fazer isso, libera o temido coronavírus no ambiente.

A cena, hipotética, caiu no imaginário popular depois do surgimento da epidemia. Vários “memes” postados na internet mostram o coronavírus pegando carona em uma encomenda da China. Mas o medo de contrair o vírus dessa forma não tem nenhum fundamento, para alívio dos consumidores de plantão.

Segundo a infectologista de Sorocaba (SP), Naihma Salum Fontana, o risco de contaminação não existe. “Chance zero. O vírus não sobreviveria”, explica. Naihma afirma que, apesar do pouco conhecimento que se tem catalogado sobre o coronavírus, os vírus têm vida curta fora do organismo. O da HIV, por exemplo, dura até 6 horas. Já o da Hepatite C, um dos mais resistentes, pode resistir fora do corpo por até 7 dias – muito menos do que leva uma encomenda da China para chegar na casa dos brasileiros.

Segundo Naihma, apesar de ainda não se saber a origem do vírus (qual seu hospedeiro), a contaminação ocorre de pessoa para pessoa. “A principal forma de contaminação é pela via aérea, com gotículas ou aerosol, como tosse e espirro”, explica.

“A ingestão de alimento contaminado é perigosa, mas, mais do que isso, a manipulação é ainda mais preocupante. Se você comer uma carne, possivelmente vai matar o vírus ao cozinhar. Já a manipulação dessa carne, a chance de contaminação é grande”, completa. Sobre os cuidados, a especialista explica que deve seguir as mesmas orientações como a de outras situações no país, como a do vírus influenza (da gripe). “Lavar as mãos é essencial.”

foto: divulgação