Março é o mês das mulheres. Símbolo de um período marcado por lutas e conquistas do sexo feminino ao redor do mundo. Instituído após a morte de 130 operárias carbonizadas numa fábrica têxtil de Nova Iorque, em 1911, o período do ano foi escolhido para debater o que avançou do início do século XX até hoje, e o que ainda é preciso mudar.
A força do sexo feminino é evidente em todas as áreas, em especial no setor educacional. Na Secretaria Estadual da Educação de São Paulo, por exemplo, as professoras representam 74% do total de docentes na rede, somando um verdadeiro exército de 131.595 professoras, ante 46.388 professores, totalizando 177.983 docentes. Ou seja, as mulheres são as principais responsáveis em transmitir conhecimento aos mais de 3,7 milhões de alunos que fazem parte da rede estadual de ensino.
Entre as 91 Diretorias Regionais de Ensino espalhadas pelo estado de São Paulo, a regional Leste 2 da capital é a que concentra a maior quantidade de professoras. Segundo dados do Cadastro Funcional da Educação, de janeiro de 2018, a região possui 3.519 docentes mulheres.
A Secretaria Estadual da Educação também já contou com cinco dirigentes, sendo elas Carolina Ribeiro, Esther de Figueiredo Ferraz, Rose Neubauer, Maria Helena Guimarães Castro e Maria Lucia Marcondes Vasconcelos, atuando como secretárias estaduais.
Coincidentemente, a professora mais antiga na rede estadual está alocada na Diretoria Regional de Ensino Leste 2 da capital. A educadora Maria Benedita Valencise Costacurta (70) começou a lecionar em 1977, como substituta, e hoje é professora de Educação Básica I. Nesses 41 anos de carreira pública, a docente não dá sinais de que pretende parar.
“Amo o que faço e me sinto muito bem dentro da sala de aula. Muita coisa mudou desde quando comecei e não pretendo parar tão cedo”, afirmou a professora Maria Benedita, que atualmente dá aulas na Escola Estadual Dr. Diogo de Faria e é formada em Licenciatura Plena, em Pedagogia.
Pensamento parecido tem a professora Jéssica Rosa de Oliveira (25), com pouco mais de 40 dias ministrando aulas na Escola Estadual Glauber Rocha, de Guarulhos, a docente mais nova do Estado está animada. “Pretendo contribuir para o aprendizado dos meus alunos e sei que tenho muito a contribuir com a formação deles. Essa era uma meta de vida e pretendo cumpri-la, tentando melhorar ainda mais a educação estadual”, afirmou a docente que também é formada em Licenciatura Plena em Pedagogia.
Histórico das Secretárias
Carolina Ribeiro nasceu em Tatuí, interior de São Paulo, em 28 de janeiro de 1892 e faleceu aos 90 anos, em 15 de abril de 1982. Concluiu seus estudos em 1907, na Escola Complementar de Itapetininga. Dirigiu a Escola Caetano de Campos, entre 1939 e 1948. Assumiu a pasta estadual em 1955. Esther de Figueiredo Ferraz nasceu em 6 de fevereiro de 1915 e faleceu aos 93 anos, em 23 de setembro de 2008. Natural de São Paulo, formou-se em Direito e foi professora. Durante o governo do presidente João Figueiredo foi titular do Ministério da Educação, entre 1982 e 1985.
Rose Neubauer é Professora Doutora pela Faculdade de Educação da Universidade São Paulo e antes de se tornar Secretária (entre 1995 e 2002), durante o governo Mario Covas, exerceu o magistério na rede estadual e ocupou vários cargos na SEE. Maria Helena Guimarães de Castro é formada em Ciências Sociais, área que possui mestrado. Comandou a SEE entre janeiro de 2007 e março de 2009. Assumiu diversas funções no governo federal e atualmente é secretária executiva do Ministério da Educação.
Maria Lucia Marcondes Carvalho Vasconcelos foi secretária de Educação de março de 2006 a julho de 2007. Formou-se em pedagogia pela Universidade de São Paulo (USP). Possui doutorado em Administração pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e doutora em Educação pela USP.
fotos: divulgação/ Secretaria da Educação