O Psol apresentou a bancada de cinco candidatos educadores para as eleições 2018 em um evento realizado no Espaço Esplanada, em Indaiatuba, no sábado (11). Na ocasião estiveram presentes o candidato a deputado federal, Felipe Maropo, a candidata para estadual, Mariana Conti – vereadora em Campinas, para o senado, Daniel Cara e Silvia Ferraro, e a professora Lisete Arelaro, postulante ao cargo de governadora.
Líder do partido em Indaiatuba e à frente de diversos movimentos sociais (anti-corrupção, contra o fechamento de escolas e pelo transporte público), Felipe Maropo falou sobre a campanha. “A nossa conversa sempre vai ser direcionada para a necessidade da retomada da ética. Infelizmente, com esta crise política, as pessoas não se sentem representadas porque quem está no governo não cumpre o seu papel. A nossa campanha é de dedo na ferida, dizendo as verdades contra as outras candidaturas que sabemos que são fisiológicas e sem comprometimento com a classe trabalhadora.”
A vereadora de Campinas Mariana Conti focou a sua fala na defesa da mulher. “Indaiatuba e Campinas, por serem cidades muito próximas, trocam muito. É necessário que a gente converse temas no âmbito regional como as casas abrigo. Quando a mulher em situação de vulnerabilidade, precisa ter para onde ir. Por isso é necessário ter uma casa regional com mais vagas. Campinas, uma cidade com um milhão e meio de habitantes tem 15 vagas, é muito pouco.”
Reforma da educação
A candidata ao senado Silvia Ferraro afirmou que é contra a reforma do Ensino Médio proposta pelo governo atual. “É parte do que queremos revogar. É ruim porque coloca 40% do Ensino Médio à distância e que o EJA [Educação de Jovens e Adultos] seja totalmente à distância – o que é totalmente inviável. Uma coisa a gente tem que defender, que a educação básica seja totalmente presencial. Querem transformar o que é direito constitucional em um produto, uma mercadoria para privatizarem. Temos que varrer estes coronéis do poder e colocar gente como a gente.”
Lisete, candidata ao governo do Estado, professora desde a década de 1970, falou sobre o fechamento de salas. “Como o governador pode fechar salas quando ainda temos dois milhões de analfabetos no Estado? Quando começou essa onda, nós fomos pesquisar e descobrimos que metade das 200 escolas não tinham destinação. Algumas iam municipalizar, outras iam ser vendidas. Qualquer professor sabe que o número de alunos em sala tem a ver com a qualidade de ensino”, diz.
“A primeira medida, em janeiro, é reimplantar todas as que foram fechadas e, gradativamente, estabelecer entre 25 e 30 alunos por sala. O Psol entrou em outubro do ano passado com uma ação contra o governador que retirou 5% dos 30% obrigatórios do orçamento deste ano para a educação. Tudo isso com aval da Assembleia Legislativa. A educação precisa mudar. Quando eu me tornei professora, em 1970, algumas bibliotecas e laboratórios viraram salas por determinação do governo. E eu te pergunto, até hoje, quantas voltaram a ser bibliotecas e laboratórios efetivamente?”.
fotos: Esdras
