CAROL BORSATO
Quando as pessoas se conhecem, sempre rola aquela conversa sobre a vida e o dia-a-dia da pessoa em questão. Com os deficientes visuais isso ocorre normalmente, mas quando se trata do deficiente visual e uma pessoa que enxerga, a coisa muda de figura.
Depois do habitual oi, tudo bem? Qual é seu nome?, começa a complicação, pois a cada resposta positiva às suas indagações, as pessoas ficam como se tivessem levado um soco na boca do estômago. E aí: Você estuda? Sim. Mas como, se você não consegue ler o quadro?
Ou ainda: Você trabalhando, só pode estar de zoeira, nem sabe usar um computador. É muita desinformação, as pessoas falam sem pensar, sem refletir e acabam por pagar um mico daqueles.
Ser deficiente visual não é fácil mesmo, exige uma paciência que eu não sei de onde eu a tiro para conseguir sobreviver a tanto. Mas com muito esforço e dedicação e com a ajuda da tecnologia podemos levar uma vida ativa.
foto: divulgação