Cidades

Quem foi Dorina de Gouvêa Nowill?

CAROL BORSATO*

Dorina foi uma jovem que queria ser professora, perdeu a visão aos 17 anos e nem por isso deixou de realizar seus sonhos, só que agora que não podia mais enxergar, ela focou seu trabalho na Educação de cegos.

Ela foi se especializar na área da deficiência visual nos Estados Unidos na Faculdade de Columbia, e quando voltou para o Brasil, foi com tudo, iniciar o seu trabalho que não era apenas a educação dos cegos, mas também produzir livros em Braille.

Ela criou então a Fundação Dorina Nowill para Cegos, com a primeira Imprensa Braille de grande porte do país. A editora é uma das principais fontes de renda da Fundação e produz mais de 80% dos livros do Ministério da Educação para deficientes visuais, além de receber encomendas especiais de cardápios para restaurantes, instruções de segurança de companhias aéreas, etc.

Até hoje a Fundação Dorina Nowill leva os deficientes para o lindo e mágico mundo da leitura, atende os cegos para reabilitação e habilitação, ensina informática e muito mais. Mas se vocês acham que a jovem Dorina ficou sozinha a vida toda, estão muito enganados! Pois ela se casou com um advogado, o Edward Hubert Alexander Nowill, com quem teve 5 filhos.

Dorina morreu no ano de 2010, após ficar internada por 15 dias para se tratar de uma infecção, vítima de uma parada cardíaca. Se tivesse resistido, no último dia vinte e oito de maio de 2019, teria completado cem anos.

Sem dúvida foi uma pessoa que deixou um legado imensurável. Quem tiver interesse procure saber mais sobre a vida desta mulher maravilhosa na Internet. Vocês vão se surpreender em saber como a deficiência visual nunca representou obstáculo na vida de Dorina Nowill.

Parabéns Dorina, pela sua dedicação total à educação e aos deficientes visuais!

*Carol Borsato é a primeira repórter com deficiência visual da história de Indaiatuba (SP).

fotos: divulgação/arquivo