Restrição de acesso no Terminal Central só aos usuários divide opiniões em Campinas, e Emdec garante tempo de integração
O anúncio da Prefeitura de Campinas (SP) de que vai restringir o acesso ao Terminal Central apenas aos usuários do transporte público da metrópole, a partir de sábado (8), dividiu opiniões. De acordo com o Executivo, a medida é para garantir a segurança aos passageiros de ônibus, evitando que pessoas que não vão entrar nos coletivos fiquem no local.
A principal crítica dos passageiros à decisão da administração municipal é em relação ao tempo de integração de duas horas. Com a mudança, que prevê a instalação de catracas na entrada do complexo, a tarifa será cobrada no momento em que o usuário passar pelo portão, o que gerou uma preocupação dos moradores, já que, por conta do atraso dos ônibus no terminal, a pessoa poderia perder o direito a entrar em um segundo ônibus, caso precise, pelo mesmo valor.
“Imagina se a pessoa vem correndo e perde o ônibus depois que já entrou, aí tem que esperar mais meia hora. Isso pode atrapalhar”, disse a dona de casa Sandra Antônia. Já a estudante Maria Cavalcanti aprovou a ideia. “Eu acho bom porque agora qualquer um entra e qualquer um sai, então a segurança dentro do terminal vai ficar muito maior. Facilita sim”, completou.
Os usuários devem ter créditos válidos no Bilhete Único antes de acessar o terminal ou utilizar o QR Code. O pagamento nas novas catracas instaladas debitará 80% do valor da tarifa de R$ 5,15 no momento de entrada e os outros 20% no momento do embarque nos ônibus, que deverá ser realizado pela porta da frente. A medida é valida para quem usa o Bilhete Único e QR Code – este no valor de R$ 5,60.
Emdec garante integração
O presidente da Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec), Vinícius Riverete, garantiu que, mesmo com a mudança, o tempo de integração não será afetado. Ou seja, o intervalo de duas horas que o passageiro tem para pegar outro ônibus sem pagar mais nada continuará sendo cobrado no momento em que o usuário entra no coletivo.
