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Salto testa nova técnica de combate ao carrapato-estrela

A cidade de Salto, pioneira em ações de combate ao carrapato-estrela, poderá ser o primeiro município a utilizar a técnica de aplicação de um agente de controle biológico para diminuição da população do parasita. Uma importante reunião realizada na Prefeitura de Salto nesta semana discutiu os andamentos dos trabalhos realizados na cidade.

O Instituto Biológico de Campinas dará início na próxima semana, na terça-feira e na quinta-feira, às 14h, à aplicação dos agentes biológicos (fungos) desenvolvidos em parceria com a empresa Toyobo de Salto, nas áreas de estudo citadas acima, sob Regime de Uso Emergencial, permitido por Lei. A aplicação prevista, depende da previsão do tempo e pode ser alterada caso não haja precipitações nos próximos dias.

O Termo de Cooperação foi assinado em outubro de 2018 no Parque Rocha Moutonnée. Para o prefeito Geraldo Garcia, esta é a continuidade de um trabalho que já apresenta uma direção efetiva após vários anos em busca de alguma solução. “Estou muito entusiasmado com todo o processo desenvolvido, sendo a nossa cidade a pioneira neste estudo e aplicação. Há muitos e muitos anos enfrentamos este problema em Salto e, agora, estamos com uma alternativa que não prejudica o meio ambiente”, concluiu o Chefe do Executivo.

A solicitação junto ao Ministério da Agricultura e Saúde para a liberação do uso do agente biológico para esta finalidade deve ocorrer na próxima semana, com envio dos documentos aos ministérios.

O produto a ser aplicado não interfere na saúde dos animais, insetos e flora. “O fungo mata o carrapato, sem agredir o meio do qual ele se encontra. Nem mesmo as capivaras que são hospedeiras do carrapato sofrem interferência dos fungos aplicados, garantindo a saúde das mesmas”, declara o secretário do Meio Ambiente, Ângelo César Turqui Piva.

O trabalho desenvolvido em parceria com o Instituto Biológico de Campinas, para atuar no manejo de carrapatos em áreas de parques, adjacências e locais de risco do município, abrange não apenas a aplicação do fungo, mas envolve também mapeamento dos parques, implantação das medidas de controle, como instalação de cercas e placas informativas; capacitação de servidores municipais; palestras em condomínios e loteamentos entre outros, conforme explicou o pesquisador, Dr. Paulo Sampaio.

“Através desse monitoramento e captação de carrapatos, pudemos verificar a média populacional nas áreas do Parque do Lago, Largo São João e Rocha Moutonnée. Esse monitoramento é essencial para a avaliação da área e dar continuidade nas ações efetivas, como a aplicação do agente. Entre os avanços apresentados, está o resultado das coletas e monitoramento realizado durante os meses de novembro de 2018 até agosto deste ano”, destacou.

foto: divulgação