CidadesIndaiatubaPolícia

Santa Rita: “Caça-fantasmas” indicam inexistência de paranormalidade em relatório final

HUGO ANTONELI JUNIOR

INDAIATUBA – Saiu o relatório final do Grupo de Pesquisa e Investigação Paranormal (GPIP) sobre os acontecimentos na Colônia Santa Rita. Os membros do grupo concluíram que “não ocorre atividade sobrenatural ou de cunho sobrenatural” em casos registrados há cerca de um mês de “chuva de pedras”.  O relatório enviado ao Comando Notícia nesta semana também informou que “as provas encontradas no local não apontaram nenhum tipo de fenômeno sobrenatural”, diz o líder do grupo, Carlos Morcegão Cunha.

Os caça fantasmas disseram acreditar que os “fenômenos ali relatados foram provocados exclusivamente por humanos e não por algum motivo de fenômeno paranormal”. Porém, eles se colocaram à disposição dos moradores, “a qualquer momento, caso seja necessário, podem nos solicitar novamente para uma investigação mais detalhada”, diz. Outro investigador, Wagner Grisanti, concorda, apesar de considerar o resultado inconclusivo.

DSC_7293 cópia

Quilombo

Depois de ter ido à Colônia, eles foram ao antigo Quilombo, perto do limite de municípios entre Indaiatuba e Itupeva. A conclusão deles é que o local “claramente apresentou algumas flutuações e evidências captadas pelos equipamentos de medição utilizados, mesmo assim apontamos o local como inconclusivo pois ali não ocorreu de fato uma investigação completa, planejada e estudada pela equipe.”

GPIP prossegue afirmando que “diante dos fatos apurados, não se trata de maneira alguma de um local perigoso ou que contenha algum risco aos visitantes locais em relação as atividades paranormais ali presentes. Perigos Físicos relacionados ao local e segurança dos visitantes não são avaliados pela equipe.”

DSC_7275 cópia

Conclusões completas

Carlos “Morcegão” Cunha – Líder do G.P.I.P. e Investigador

Segundo as informações encontradas, qualificadas (pelos equipamentos supracitados) e quantificadas, concluímos que no local investigado não ocorre atividades sobrenatural ou de cunho paranormal. 

As provas encontradas no local não nos apontaram nenhum tipo de fenômeno sobrenatural,  normalmente em locais que ocorreram o mesmo tipo de fenômeno relatado como o da Colônia Santa Rita, as pedras encontradas não faziam parte do cenário local na qual elas foram encontradas, já as pedras que foram ali encontradas e analisadas pela equipe eram pedras de entulho e facilmente encontradas naquela região. 

Portanto concluo que os fenômenos ali relatados foram provocados exclusivamente por humanos e não por algum tipo de fenômeno paranormal. Porém, gostaríamos de deixar claro que a qualquer momento caso seja necessário as partes interessadas podem nos solicitar novamente uma investigação mais detalhada.

Em relação a investigação realizada no outro local no mesmo dia. Local: Quilombo – Indaiatuba. O local claramente apresentou algumas flutuações e evidências captadas pelos equipamentos de medição utilizados, mesmo assim apontamos o local como inconclusivo pois ali não ocorreu de fato uma investigação completa, planejada e estudada pela equipe.

Diante dos fatos apurados, não se trata de maneira alguma de um local perigoso ou que contenha algum risco aos visitantes locais em relação as atividades paranormais ali presentes. Perigos Físicos relacionados ao local e segurança dos visitantes não são avaliados pela equipe do GPIP Speclab.

Wagner Grisanti – Investigador Chefe

Ao investigarmos a Colônia Santa Rita, por minha análise, tomei de pronto, alguns depoimentos, os mesmos, mostraram-se destoantes no que tange as informações cedidas pelos moradores, indiferente etnia, classe social ou crenças, há informação desencontrada e que se choca com o fato discorrido.

Não há liame entre o depoimento e os dados extraídos do equipamento durante a investigação. Não houve também se quer manifestação durante o período que o G.P.I.P permaneceu in loco, entretanto, como trata-se de uma ciência que beira a exatidão, mas que depende de N variáveis, não resta forma de concluir que ali, há ou não de fato atividade paranormal.

Seria leviano de minha parte, bem como do G.P.I.P concluir algo sem prezar pela ciência, esta, que norteia e é pedra basilar do grupo desde seus primórdios. No que posso concluir – INCONCLUSIVO.
Houve no mesmo dia, uma analise de um outro local supostamente tido como “assombrado” pelos locais. Nos dirigimos, e após alguns momentos ali, os equipamentos apresentaram variações significativas, que podem sim, ser indícios de alguma anomalia, que por hora, consideramos inconclusiva, uma vez que, não tivemos o tempo suficiente para estudarmos e criarmos uma estratégia de investigação.

Conclusão Final do laudo técnico e pessoal do G.P.I.P Speclab.

Concluímos através de nossa investigação e análise de provas captadas através de áudio, vídeo, fotos entre outros, que a Investigação do Caso da Colônia Santa Rita realizado no dia 30 de março de 2018, não apresentou nenhuma prova técnica, material ou pessoal de que os acontecimentos ocorridos naquele local sejam de natureza paranormal.

Portanto avaliamos o caso como Inconclusivo ou não paranormal e que possa ter ocorrido por forças naturais. Como sempre o G.P.I.P Speclab deixa claro que as informações aqui expostas poderão ser contestadas por ambas as partes e caso for de vontade dos interessados poderá ser agendada novamente uma nova investigação para que todas dúvidas existentes sejam totalmente esclarecidas.

DSC_7291 cópia

O caso

Na semana do dia 24 de março houve registro de “chuva de pedras” na Colônia Santa Rita. A Polícia Militar faz os atendimentos da ocorrência desde terça, mas não encontraram ninguém até o momento. Segundo o que contaram os agentes de segurança com exclusividade ao Comando Notícia, eles chegaram a ficar de tocaia e pediram para uma viatura ir embora enquanto queriam pegar de surpresa quem estava jogando as pedras nas casas, carros e pessoas, mas depois que a viatura foi embora, não ouviram passos na mata, nem no entorno.

No dia 30 de março, o Comando Notícia levou o GPIP para o local. Carlos “Morcegão” Cunha, líder e investigador chefe, pesquisador e instrutor, Wagner Grisanti, investigador, pesquisador, especialista técnico, e Ronney Viana, investigador paranormal, chegaram à cidade no começo da tarde e trouxeram equipamentos para detectar “presenças” que não sejam humanas, ou seja, mostram o calor no ambiente. Eles fizeram a varredura perto de onde foram achadas as pedras lançadas nas casas e conversaram com os moradores.

Na sexta-feira (13), o pai de santo Leandro Barbieri também foi ao local. Segundo o líder espiritual do candomblé e presidente da Associação das Comunidades Afro-Brasileiras e de Cultura Popular (Acoucai), não há indícios que haja atividade paranormal na comunidade. Assista o vídeo ao vivo.

fotos: arquivo/Comando Notícia