Secretário de Transportes de SP e pesquisador da Fiocruz são presos em operação da PF contra irregularidades na Saúde
A força tarefa da Lava Jato prendeu, nesta quinta-feira (6), Alexandre Baldy, secretário estadual de Transportes Metropolitanos de SP, por suspeita de fraudes na Saúde. Outras duas pessoas foram presas, entre elas um pesquisador da Fiocruz, Guilherme Franco Netto.
As prisões do secretário e do pesquisador são temporárias. O prazo é de cinco dias, mas pode ser prorrogado.
As prisões são parte da Operação Dardanários, contra desvios na Saúde no Rio de Janeiro e em São Paulo, envolvendo órgãos federais. A PF afirma que identificou “conluio entre empresários e agentes públicos, que tinham por finalidade contratações dirigidas”.
Resumo
- Alexandre Baldy, que foi deputado federal por Goiás e ministro das Cidades no governo do ex-presidente Michel Temer, é apontado por atos suspeitos antes de assumir a pasta no governo de São Paulo.
- Segundo a investigação, Baldy usou da influência dos dois cargos para intermediar contratos, sobre os quais ganharia um percentual.
- Entre os contratos investigados, estão o de Organizações Sociais (OSs) com o Hospital de Urgência da Região Sudoeste Dr. Albanir Faleiros Machado (Hurso), em Goiás; com a Junta Comercial Goiana e com a Fundação Nacional de Saúde (Funasa/Fiocruz).
- Baldy ainda teria oferecido vantagem a um colaborador para não entregar o esquema.
A Secretaria de Transportes Metropolitanos (STM) divulgou nota em que ressalta que “a operação não tem relação com a atual gestão do Governo de São Paulo!”.
“A STM colaborou junto à PF enquanto estiveram no prédio. Após as buscas, nenhum documento ou equipamento foi levado pela Polícia Federal”, disse.
R$ 90 mil apreendidos em cofres
Baldy é, atualmente, responsável pelo metrô paulistano e pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos. Ele foi preso em casa, no bairro dos Jardins, mas, até por volta de 10h, a PF e a assessoria do secretário disseram que Baldy ainda estava na residência.
A assessoria do Palácio dos Bandeirantes, sede do governo de São Paulo, foi procurada às 7h54 e ainda não se manifestou. A assessoria de imprensa do secretário foram procurados para defesa, mas não houve resposta até por volta das 10h.
O pesquisador da Fiocruz Guilherme Franco Netto foi preso em Petrópolis, na Região Serrana do RJ. A reportagem tenta contato com a defesa dele.
O terceiro alvo de mandado de prisão seria uma pessoa que trabalhou com Baldy em Brasília e em São Paulo, mas o nome dele não foi divulgado e ele ainda não foi encontrado pela PF, segundo informações da GloboNews.