HUGO ANTONELI JUNIOR
INDAIATUBA – Aconteceu na manhã desta terça-feira (24) uma ação do Sinsprev – sindicato que representa os trabalhadores da Previdência Social. Representantes dos trabalhadores estiveram na agência de Indaiatuba e distribuíram um papel com reivindicações. Não houve paralisação e, de acordo com o sindicato, esta ação se repetiu em diversos locais do país. O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) não se manifestou até o momento. O Comando Notícia realizou uma transmissão ao vivo do local.
De acordo com Cristiano Machado, representante do Sinsprev da região de Campinas, afirmou que a data foi marcada em uma reunião prévia com os trabalhadores locais. “Hoje é um dia de luta contra o desmonte da Previdência que tem 34 mil trabalhadores ativos, sendo que 16 mil já tem condição de pedir aposentadoria. E o governo não faz concurso e o resultado é este que vocês veem aqui na agência de Indaiatuba. Uma lotação e demora de três, quatro horas de atendimento”, afirma.
“O que o governo vem tentando fazer é a contratação de estagiários, que é uma forma de rebaixar os salários. Futuramente devemos fazer uma paralisação que é necessária para exigir melhores condições de trabalho. Estamos distribuindo o material para a população também”, encerra.
Manifesto que está no papel do sindicato entregue nas agências:
“O governo não conseguiu aprovar a Reforma da Previdência como desejava, mas vem tentando fazer mudanças na Previdência através do INSS. Diversas medidas administrativas estão sendo tomadas no INSS, alterando regras de benefícios e retirando direitos da população.
Historicamente, o INSS presta atendimento à população através das agências, espalhadas em milhares de cidades. Para funcionamento dessas agências e serviços do INSS, cerca de 34 mil servidores do INSS prestam atendimento à população em todo país.
Mas o governo vem adotando medidas que visam o desmonte do INSS e terceirização de seus serviços. Hoje, o INSS precisa de cerca de 16 mil servidores para continuar funcionando, no próximo ano a situação irá se agravar, pois 30% dos servidores ativos devem se aposentar.
Em vez de convocar novos servidores e realizar concursos públicos, o governo prefere restringir o atendimento à população nas agências e fazer o trabalhador esperar meses para ter a resposta de um benefício do INSS. São esses objetivos que estão por trás do chamado “INSS Digital” tão propagandeando pelo governo para enganar a população.
Qualquer avanço tecnológico que melhore as condições de trabalho e o atendimento à população são bem-vindos. Mas não é isso que ocorre hoje no INSS. A chamada modernização com o “INSS Digital” tem sido usada, de um lado, para restringir o atendimento à população, que agora tem que se virar sozinha para conseguir fazer os serviços pela internet. E de outro lado, o governo visa terceirizar os serviços do INSS através de acordos com associações, entidades e outros órgão.
Com a terceirização dos serviços do INSS, o governo pretende fechar agências do INSS e não fazer mais concursos públicos, além de criar a possibilidade de lucros com serviços que deveriam ser públicos e gratuitos.
Para lutar contra este desmonte do INSS, no dia 24 de abril, faremos um Dia Nacional de Luta contra o Desmonte e Sucateamento do INSS. Nesse dia ocorrerão paralisações e manifestações em diversos locais no país. Mais do que nunca, precisamos de união de todos, servidores e população, para não deixarmos o governo acabar de vez com o INSS e a Previdência Social. O INSS é patrimônio dos trabalhadores, vamos defendê-lo.“
fotos: Hugo Antoneli Junior/Comando Notícia