O Ministério da Saúde anunciou hoje (6) a criação de um sistema de mapeamento que, a partir da interligação de cinco bancos de dados, ajudará na coleta, análise e disponibilização de informações sobre educação em saúde.
O Sistema de Mapeamento em Educação na Saúde (Simapes) representa, segundo o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, “uma entrega de peso” que contribuirá para a padronização de informações sobre saúde no país.
“Não adianta querer explicar isso para quem não compreende o tamanho do que se está falando, que é o padrão das pessoas que são formadas; do resultado efetivo de tudo que se investe nisso, pública e particularmente; da dedicação das pessoas ao longo da vida; e do resultado final na ponta da linha. É um tiro muito amplo”, disse o ministro, em transmissão ao vivo nas redes sociais.
Segundo ele, o sistema está sendo disponibilizado “de uma forma clara” no site do ministério. “E, a partir dali, poderemos observar e dar subsídios para que todos em suas áreas possam melhorar cada vez mais”, complementou.
O Simapes interligará cinco bancos de dados: o do E-Mec, que é um sistema eletrônico de acompanhamento dos processos que regulam a educação superior no país; os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (Cnes), o Contrato Organizativo de Ação Pública de Ensino-Saúde (Coapes); e o E-SUS, de atenção básica da saúde.
Para o governo, essa base de dados auxiliará, também, no estabelecimento de políticas públicas de educação em saúde, além de ajudar na identificação de demandas e necessidades de cada região.
“Com a nova ferramenta é possível investigar a relação entre a oferta de cursos de graduação, técnicos e a estrutura de serviços da saúde, especialmente quanto à oferta de campo de prática e de qualidade; averiguar as necessidades de formação e qualificação dos gestores e profissionais no âmbito do SUS; prover o Ministério da Saúde de informações para a tomada de decisões no âmbito da educação em Saúde”, informou a pasta.
Em nota, o Ministério da Saúde informou que o mapeamento tem como referência o Relatório Flexner, que foi publicado em 1910, pelo educador estadunidense Abraham Flexner, tido como relevante para a educação médica nos Estados Unidos e Canadá. Ao adotar as mudanças sugeridas por Flexner, esses sistemas de saúde passaram a “departamentalizar” o estudo e a prática da medicina, dando maior ênfase à biologia e ao uso de medicamentos como tratamento básico de praticamente todas as doenças.
Novo Marco Regulatório da Residência
Durante a transmissão online, a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Maira Pinheiro, informou que o governo apresentará, nos próximos meses, o novo Marco Regulatório da Residência em Saúde. Segundo ela, a ideia é transferir, do Ministério da Educação para o Ministério da Saúde, atribuições relativas ao período de residência pelo qual os profissionais da saúde têm de passar.
“Queremos trazer todas residências em saúde para o Ministério da Saúde. Teremos um novo marco nas residências do país, ofertando aos preceptores respeito e dignidade para o exercício do trabalho; ofertando aos residentes novos conteúdos para a formação e, para a população brasileira profissionais bem formados e qualificados, para que tenhamos um SUS bem melhor”, disse a secretária.
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