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Terceira idade, Dia dos Namorados e a jovialidade do amor na cura da depressão

NÚBIA ISTELA

SALTO – Quem disse que o amor tem idade para acontecer? Quem disse que o frio na barriga, as borboletas no estômago, tem um tempo definido? Aos 60 anos, Suelli Cunha garante que sente todas as sensações de quando tinha 15 a cada novo encontro.

“O coração permanece sempre jovem e pulsante ainda que a idade chega, eu gosto de namorar, andar de mãos dadas, ir ao cinema e sentir as borboletas no estômago. Não tem nada melhor do que uma paixão. Por ela nos sentimos vivos”, disse. Na semana do Dia dos Namorados, o Comando Notícia conversou com vários casais que tem experiência de sobra para falar sobre as sensações do amor. Veja o especial com o dono de um motel sobre o mesmo tema.

Ubirajara Augusto nos contou que está namorando há dois meses; Aos 64 anos, ele disse que tem muita disposição, amor e alegria de viver essa nova paixão. “Amar, amor, apaixonar-se não têm  idade. Têm gente que têm coragem de viver, e outras que recusam”, poetizou. Ele completou dizendo, ainda, que jamais recusaria viver um grande amor.

Ele conheceu a namorada através das redes sociais. Ubirajara conta que eles conversavam fazia muito tempo. Ela é de Formosa, em Goiás, e ele é de Brasilia, uma cidade ao lado da outra. Recentemente decidiram que tinha muito em comum e começaram uma relação. “Eu me sinto feliz e esperançoso, nunca desisti do amor como já desistiram de mim”, afirmou o ex-assessor.

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Uribajara e Nilza se conheceram pelas redes sociais.

O amor para curar a depressão

Rute Valle nos contou que conheceu Mario um tempo depois dele ficar viúvo. “Na época em que ficamos da primeira vez, ele tinha ficado viúvo há pouco tempo. Por recomendação da psicóloga e para sair da depressão em que se encontrava pela perda de sua esposa de quase 50 anos de convivência, foi ao clube mesmo não sabendo dançar. Um amigo em comum nos apresentou, aí ficamos conversando e trocamos telefone, nos comunicamos nas semanas seguintes e acabamos nos encontrando dias depois,” comentou. Rute, aos 62 anos, diz que reatou o namoro com Mário, de 74, há quatro meses. Haviam terminado um romance de dois anos e agora estão juntos novamente.

“Paixão na nossa idade seria até muito infantilidade, podemos dizer que estar com alguém seja estar feliz, que tenhamos pontos em comum, gostos parecidos, companheiros, parceiros, alegres, até qualidade de vida porque nós dois fazemos corrida de rua. Eu, inclusive, entrei para este mundo por causa dele, que corria com a equipe onde ele trabalhava há uns 12 anos”, conta, sem esconder um “segredinho”. “É preciso ter respeito pelas divergências porque ambos já vivemos muito e criamos hábitos. Mas claro que pra estar com alguém precisa ter o sentimento de amor pelo outro”. Afirmou.

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Rute e Mário chegaram a terminar, mas voltaram.

Odair Schiavone, escritor romancista, diz que é algo muito bom estar com alguém, fazendo amor e planos. “Nunca me apaixonei perdidamente por alguém, mas o amor sempre esteve em mim. Tenho 62 anos e gosto muito de namorar e curtir a vida com alguém especial”, conta. O escritor disse ainda que seus casos de amor acontecem muito via redes sociais. “Poeta é muito namorador”, brinca.

A caminhada em busca dessa grande joia do amor é contínua, seja num baile ou através das redes sociais. O que esses corações buscam são grandes encontros para lembrá-los do quão significativa é a vida. O Comando Notícia deseja a todos grandes encontros e um feliz Dia dos Namorados.

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fotos: arquivo pessoal/divulgação