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Toyota: 1º turno entra e greve é encerrada; sindicato acusa empresa de intimidação

foto: Hugo Antoneli Junior/Comando Notícia

Notícia atualizada às 15h45 para inclusão da posição da Toyota.

HUGO ANTONELI JUNIOR

Por volta de 8 horas da manhã desta quinta-feira (31) os trabalhadores do primeiro turno da Toyota entraram para a produção e encerraram a greve que começou na quarta (30). A assembleia com os trabalhadores começou por volta das 6 horas, de acordo com o sindicato dos trabalhadores. A Polícia Militar e a Guarda Civil foram acionadas ao local para garantir o direito de greve e também impedir que houvesse obstrução.

O Comando Notícia esteve no local e conversou com os sindicalistas. Segundo informaram, alguns chefes da empresa entraram e começaram a ameaçar via WhatsApp e ligações os trabalhadores. Alguns disseram que foram ameaçados de demissão e, por isso, entraram. Haverá uma assembleia com o segundo turno por volta das 16 horas, mas a representação dos trabalhadores informou que não acredita que a paralisação continuará. Depois de conversar com os trabalhadores, eles decidirão se aceitam a proposta da empresa.

A Toyota, via assessoria de imprensa, informou que “a operação de sua unidade de Indaiatuba, planta hoje responsável pela produção do sedã médio Corolla, permanece em situação de greve desde ontem, dia 30 de outubro. No entanto, hoje a produção está ocorrendo normalmente com a entrada de quase a totalidade dos colaboradores do 1º turno. A situação teve início após a negativa do sindicato local às propostas de data base 2019 oferecidas pela Toyota. A empresa respeita a manifestação de seus colaboradores e, fundamentada no respeito pelas pessoas e na priorização de toda e qualquer negociação trabalhista pautada no diálogo, permanece aberta para discussões junto ao sindicato local.”

Reivindicações. De acordo com o sindicato, quando as negociações começaram a empresa estava oferecendo “meia inflação”, mas depois eles conseguiram chegar aos 3,28%. Além disso a Toyota teria se comprometido em estender por mais um ano um acordo que venceria em 2020 para 2021. O que levou à greve foi o não entendimento com relação ao cartão-cesta.

Segundo o sindicato, a Toyota Sorocaba (SP) paga cerca de R$ 400 deste benefício e os de Indaiatuba pediram R$ 150 a partir do ano que vem. A empresa não concordou e até ofereceu um adiantamento da participação de lucro que seria paga em janeiro, mas a greve foi votada, aprovada e a produção ficou um dia parada.

foto: Hugo Antoneli Junior/Comando Notícia