Nesta quarta-feira (3), em assembleias realizadas na porta da Toyota, os trabalhadores dos dois turnos aprovaram a paralisação da produção no dia de hoje. Vale lembrar que os trabalhadores da Toyota produzem 245 carros por dia.
Nesta tarde houve reunião entre o Sindicato e a empresa, que terminou com o agendamento de uma audiência com o Presidente da Toyota no Brasil, Evandro Luiz Maggio, na próxima sexta-feira, dia 5 às 14h.
Embora a empresa se mostre resistente a negociações , o CEO da Toyota na America Latina, Rafael Chang, também deverá se reunir com o Sindicato em breve.
Depois da movimentação realizada pelo Sindicato e os trabalhadores na última semana com propaganda em rádio, TV e na internet e com os outdoors manifestando a posição contrária ao fechamento da planta de Indaiatuba, além de reuniões com o Prefeito, o Presidente da Câmara e vereadores, a empresa entregou uma proposta individualmente para cada trabalhador.
Nessa proposta tem uma ajuda de custo para quem aceitar a transferência para Sorocaba e um “plus” para quem optar pela transferência e mudança para aquela cidade. Mas o que chama a atenção é a proposta inicial para “quem optar sair da empresa” de trinta salários nominais, além das verbas rescisórias (obrigação legal).
Na última reunião ocorrida no dia 25/03, entre o Sindicato e a Toyota nenhuma proposta havia sido apresentada pela empresa. Ou seja, a direção da Toyota quer fazer prevalecer a proposta dela.
Na mesa o Sindicato insistiu na proposta de estabilidade no emprego até 2026 e a permanência da empresa e dos empregos em Indaiatuba. A Toyota, no entanto, levou para os trabalhadores essa proposta para iniciar a discussão de um Plano de Demissão Voluntária.
Dessa forma a Toyota mostra uma contradição já apontada desde o início pelo Sindicato: a empresa diz que os empregos serão mantidos com a transferência da planta para Sorocaba ao mesmo tempo em que apresenta a proposta de PDV.
Com informações: MetalCampinas
Foto: MetalCampinas
