Veterinários investigam adoecimento de 120 cavalos no interior de SP; nove animais morreram – Comando Notícia
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Veterinários investigam adoecimento de 120 cavalos no interior de SP; nove animais morreram

Nove cavalos morreram e ao menos 120 ficaram doentes, no intervalo de um mês, em um rancho de Indaiatuba (SP)As causas estão sendo investigadas por veterinários, mas entre as hipóteses estão a possibilidade de uma intoxicação alimentar ou uma doença infecciosa grave (entenda abaixo).

Os cavalos passaram por exames de sangue e os resultados devem sair ao longo da semana.

A Secretaria de Serviços Urbanos e Meio Ambiente informou em nota que a Prefeitura faz a vistoria no local sempre que é informada sobre esse tipo de situação. Neste caso, somente tomou conhecimento agora e, portanto, o processo de vistoria será iniciado após confirmação do local da ocorrência.

 

 

Entenda o caso

 

A primeira morte apurada ocorreu em 23 de abril, seguida por outra no dia 30. A partir de então, outros sete animais também morreram. Um veterinário ouvido nesta segunda-feira (19) pela EPTV, afiliada da TV Globo, explicou que os equinos apresentaram desânimo e alterações hepáticas.

Uma das suspeitas aponta para a possibilidade de uma intoxicação alimentar, pois todos os cavalos teriam acesso à mesma ração e tiveram sintomas compatíveis. Os tratamentos são realizados com soro e remédios. A ração e o feno oferecido também foram substituídos.

Os equinos viviam em baias separadas. O responsável por um dos haras relatou que eles consomem a mesma ração há cinco anos e diz que nenhum morreu por doença ou intoxicação alimentar. Ele segue acompanhando as condições.

 

Possibilidade de doença infecciosa grave

O advogado de um dos haras disse à EPTV que os casos podem ter relação com a Potomac Horse Fever (PHF), que infectou ao menos 30 cavalos no estado nos últimos 18 meses, segundo o Hospital Veterinário (HV) da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) da Unesp.

Na última sexta-feira (16), a instituição publicou uma nota alertando para “a preocupação crescente entre criadores e médicos veterinários de equinos no estado”. A doença é causada pela bactéria Neorickettsia risticii e a doença pode levar a complicações graves.

Ainda segundo a FMVZ, diferente de outras doenças equinas, não ocorre a transmissão direta da PHF entre equinos, mas os animais se infectam ao ingerir insetos aquáticos infectados, que atuam como vetores da bactéria. O diagnóstico é feito por meio de exames laboratoriais.

“O diagnóstico precoce da enfermidade e adoção de medidas terapêuticas por veterinários são fundamentais para minimizar as perdas e garantir a saúde dos equinos”, completa a nota. Entre os sintomas da PHF estão diarreia e inflamação nos cascos.

g1 perguntou à Unesp se os casos confirmados possuem relação com a região, mas não obteve retorno até a publicação da reportagem.

Com informações: g1 Campinas 

Foto: Reprodução-EPTV