Polícia

Vigilante é agredido com socos e pontapés em prédio

HUGO ANTONELI JUNIOR

INDAIATUBA – Um vigilante foi agredido por um morador de um prédio durante o expediente de trabalho e precisou ser levado ao hospital. “Não estou conseguindo dormir, porque lembro das cenas”, conta ele ao Comando Notícia. Tudo aconteceu no domingo (13), no prédio Maroc, localizado na Jardim Bérgamo. O Grupo Solutions, responsável pela administração do local, foi procurado, mas não atendeu aos nossos telefonemas.

Tudo começou, de acordo com o vigilante, quando um morador saiu para passear com a filha e um cachorro. Desde este momento, o agressor já aparentava nervosismo. “Quando voltou, pediu para eu abrir a porta e eu o cumprimentei. Perguntei se ele estava nervoso e ele partiu para cima”, conta.

Segundo o relato do vigilante, o morador começou a xingá-lo e pediu para ele abrir a porta da guarita. “Foi quando ouvi que como era morador, ele mandava em mim. Eu abri o portão para ver se acalmava, mas foi quando fui agredido fisicamente”, relembra. Foram mais de 20 socos e chutes. “Bati com o rosto no vidro, tomei um chute na panturrilha, mas mesmo com muita dor consegui empurrá-lo para fora da guarita. A filha dele viu tudo e estava chorando”, relata.

O resultado da agressão veio em seguida. “Estou com dores abdominais, cortes pelo corpo, hematomas nas costas e dores nas pernas”, diz. O vigilante foi até o Pronto Socorro do Hospital Augusto de Oliveira Camargo (Haoc) e, por sorte, não foram constatados fraturas. Em seguida, foi à Delegacia para fazer um Boletim de Ocorrência e no dia seguinte ao Instituto Médico Legal (IML) realizar exames.

Na área há mais de 10 anos, o trabalhador – que é casado e tem dois filhos, afirma que jamais passou por uma situação parecida. “Isso nunca aconteceu comigo antes. Sempre fui trabalhador, dei o meu melhor. Me senti muito humilhado. Tudo o que eu quero é justiça”, reivindica. O vigilante conta ainda que foi procurado por membros da família do agressor. “Eles ofereceram dinheiro e assumiram que ele estava errado. Minha esposa nem conversou muito com eles porque percebeu que queriam comprar o nosso silêncio”, diz. “Vou continuar trabalhando, só que vou trocar de local”, encerra.

 Foto: divulgação