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Você reclama muito?

Sem a menor sombra de dúvida, um dos vícios mais conhecidos e mais presente na vida do ser humano é a reclamação. Tem quem reclame de tudo, reclama até dos seus próprios defeitos. A reclamação para algumas pessoas é como uma droga, pior que cocaína. A pessoa é tão viciada que reclamar para ela passa a ser normal.

Mas como que funciona esse negócio de reclamar?
Já imaginou que você poderia estar preso numa armadilha? Sim, uma armadilha da mente. As armadilhas nem sempre são visíveis a olho nu, veja só: segundo a teoria da inteligência multifocal são padrões mentais que podem bloquear a nossa inteligência. Esses padrões são baseados em crenças que temos sobre nós mesmos, e nos impedem de evoluir como seres humanos.

O conformismo, a reclamação, entre outras armadilhas, nos impedem de muita coisa; e nós nos conformamos com elas. Chegamos a pensar que somos incapazes de qualquer coisa. Vamos conhecer como funciona a atuação da reclamação? O nosso cérebro tem uma capacidade incrível de se transformar; um fenômeno chamado neuroplasticidade, isso significa que quando pensamos, fazemos sinapses (ligações entre um neurônio e outro).

Produzimos duas neuronais para determinados estímulos, como: dor, raiva, desagrado, entre outros. Essas duas neuronais são o caminhos e são reforçadas pelo uso constante e quanto mais usadas mais reforçadas ficam, chegam a diminuir a distância entre um neurônio e outro facilitando assim a sinapse.

Reclamação instrumental: É menos comum no dia a dia, pois é um tipo de reclamação onde você faz uma análise sobre o que está a reclamar para conseguir assim, descobrir uma forma de resolver.

Reclamação expressiva: É a reclamação que você usa para descarregar qualquer coisa, até culpa de algo em alguém e essa é feita na maioria das vezes. E aí, qual desses dois tipos de reclamação você faz?

 

*Carol Borsato é jornalista e é a primeira repórter deficiente visual da história de Indaiatuba (SP).

 

 

Foto: arquivo.