O Governo de São Paulo anunciou que há mais quatro mortes com suspeita de coronavírus no Estado. Todos estes casos estavam no mesmo hospital privado em que estava o paciente que morreu, na capital O primeiro óbito do Estado e do Brasil foi confirmado na manhã desta terça-feira (17). Outros casos, como nas cidades de Tatuapé (SP), Suzano (SP) e Indaiatuba (SP), segundo o governo, ainda não foram notificados. O paciente que morreu é um homem de 62 anos que tinha hipertensão e diabetes, ou seja, dentro do grupo que corre o maior risco.
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Segundo o coordenador do grupo de contingência contra o corona do estado, David Uip, era esperado que os primeiros casos viessem da rede privada. “Não temos controle sobre os casos da rede privada, precisamos que haja uma comunicação oficial sobre isso. Infelizmente os óbitos são esperados e é lógico que nós lamentamos, mas do ponto de vista da nossa comissão, não muda o protocolo em reforçar os cuidados. Essa informação da morte não pode chegar à população como algo inesperado. Era esperado. Isso não pode causar pânico.”
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Há a possibilidade de ampliar os centros de diagnósticos. “Vamos avaliar essa possibilidade. Infelizmente não tem como testar a todos, vamos ver o que é possível. Vimos no Adolfo Lutz, por exemplo, três mil testes de corona sendo que 30% era influenza, então, podemos estar testando para corona pessoas com gripe comum. Mais importante do que saber os números totais ou exatos é entendermos como o vírus está se comportando nos casos mais graves e estamos atentos a isso”, reforça Uip.
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Segundo o secretário de Saúde do Estado, José Henrique German, a preocupação é para quando os casos graves chegarem ao sistema público de saúde. “80% dos casos não precisam de atendimento hospitalar, ficam em casa. Os outros 20% dos pacientes que vão para o sistema de saúde. Quando esse paciente entra para a terapia intensiva, precisa de respirador, tempo de permanência e, pelo que calculamos, além dos 7,4 mil leitos de UTI que temos, o acréscimo de 1,4 mil consegue atender a este aumento que já é esperado.”
Alerta para os bancos de sangue
Uip reforçou um alerta importante. Os bancos de sangue do Estado estão em calamidade. “O que está em melhor condição só tem sangue para mais uma semana”, revela. “Queremos nos comunicar com a população e trazer uma reflexão. O indivíduo não está doando por causa do medo de pegar. Mas se tem um lugar que está protegido contra o vírus, este lugar é o banco de sangue, porque ele precisa proteger o doador. É um ambiente totalmente seguro. A população precisa contribuir aos diversos bancos de sangue de todo o estado e hospitais”, apela.
para doar sangue basta estar em boas condições de saúde e alimentado, ter entre 16 e 69 anos (para menores de idade, consultar site da Pró-Sangue), pesar mais de 50 kg e levar documento de identidade original com foto recente, que permita a identificação do candidato. Recomenda-se também evitar alimentos gordurosos nas 4 horas que antecedem à doação e, no caso de bebidas alcoólicas, 12 horas antes. Se a pessoa estiver com gripe ou resfriado, não deve doar temporariamente. Mesmo que tenha se recuperado, deve aguardar uma semana para que esteja novamente apta à doação.
No site da Pró-Sangue é possível consultar os pré-requisitos básicos para doar. A dica é doar durante a semana, de segunda a sexta, pois o atendimento é mais rápido. Para horário de funcionamento dos demais postos de coleta acesse ou ligue para o Alô Pró-Sangue (11 4573-7800). Os endereços dos postos de coleta em demais regiões de SP podem ser consultados CLICANDO AQUI.
foto: divulgação/Governo do Estado de SP