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Homens são 66% dos mortos por coronavírus em Indaiatuba

Oito das 12 mortes registradas por coronavírus em Indaiatuba (SP) são de homens, o equivalente a 66%. As últimas três confirmadas na cidade são de homens acima de 70 anos. Outro dado que chama atenção nos dados é que sete das 12 mortes (contando homens e mulheres) são de pessoas acima de 60 anos, ou seja, praticamente metade das pessoas que morreram com a doença estão abaixo da terceira idade. 

A vítima com a menor idade tinha 30 anos e faleceu no dia 7 de maio. A vítima com a idade mais avançada foi uma mulher de 83 anos que morreu no dia 2 deste mês. Um estudo publicado nesta semana mostra que os homens tem características no organismo que podem facilitar a proliferação do vírus, ou seja, são vítimas mais vulneráveis ao Covid-19. Leia o estudo mais abaixo.

Mortes confirmadas por coronavírus em Indaiatuba

Estudo

Um estudo liderado por cientistas europeus apontou que homens têm níveis mais altos de uma enzima usada pelo novo coronavírus para infectar as células. Publicado nesta segunda-feira (11) pela revista “European Heart Journal”, a descoberta pode ajudar a explicar porque essa população parece ser mais vulnerável às infecções da Covid-19.

A enzima conversora de angiotensina (ACE2) é encontrada no coração, nos rins e em outros órgãos. Na Covid-19, a doença respiratória causada pelo novo coronavírus, acredita-se que ela desempenha um papel na forma como a infecção avança para os pulmões.

A investigação também revelou que os remédios amplamente receitados conhecidos como inibidores de ACE, ou bloqueadores de receptores de angiotensina (BRAs), não provocaram concentrações mais altas desta enzima e portanto não devem aumentar o risco de Covid-19 para as pessoas que os tomam. Os inibidores de ACE e BRAs são muito receitados para pacientes com insuficiência cardíaca, diabetes ou doença renal, e representam bilhões de dólares em vendas em todo o mundo.

Maior incidência em homens

Os índices de morte e infecção indicam que os homens têm mais probabilidade de contrair a doença, e de sofrer complicações graves ou críticas neste caso, do que as mulheres. Analisando milhares de homens e mulheres, a equipe de Voors mediu as concentrações de ACE2 em amostras de sangue retiradas de mais de 3.500 pacientes de insuficiência cardíaca de 11 países europeus.

O estudo havia começado antes da pandemia de coronavírus, disseram os pesquisadores, e por isso não incluiu pacientes de Covid-19. Mas quando outras pesquisa começou a apontar a ACE2 como crucial para a maneira como o novo coronavírus entra nas células, Voors e sua equipe viram sobreposições importantes com seu estudo.

foto: divulgação