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Mais de 64% das crianças infectadas por Covid-19 em SP são assintomáticas, diz Prefeitura

Secretaria de Estado da Educação do Paraná, informa prazos para matrículas e rematrículas para o ano letivo 2017. Curitiba, 23/11/2016 Foto: Hedeson Alves / SEED

Mais de 64% das crianças infectadas pelo coronavírus na cidade de São Paulo são assintomáticas, e 16% já tiveram contato com o vírus, aponta mapeamento feito pela Prefeitura de São Paulo em seis mil crianças e adolescentes de 4 a 14 anos.

“64,4% das crianças que testaram positivo foram completamente assintomáticas e 35,6% foram sintomáticas. Quase que praticamente duas vezes mais o número de crianças que testaram positivo e não apresentaram sintomas”, revelou o secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido.

O dado faz parte do inquérito sorológico realizado pela gestão municipal entre os dias 6 e 10 de agosto, e foram apresentados no início da tarde desta terça-feira (18) pelo secretário e pelo prefeito Bruno Covas (PSDB) em coletiva de imprensa virtual.

Segundo a prefeitura, foram testados 6 mil alunos divididos em três fases:

  • 2 mil alunos do Ensino Infantil (4 a 6 anos)
  • 2 mil alunos do fundamental I ( 1º ao 5º ano, crianças de 6 a 10 anos)
  • 2 mil alunos do fundamental II (6º ao 9º ano, crianças e adolescentes de 11 a 14 anos)

O objetivo da pesquisa é tentar descobrir, por amostragem, quantas pessoas já foram infectadas pelo novo coronavírus na cidade. O exame sorológico avalia a presença de anticorpos específicos (IgM/igG). Portanto, identifica casos passados da doença. Ele é usado para monitorar a porcentagem da população que já teve contato com o vírus.

Escolas fechadas

Segundo a gestão municipal, os números demonstram o alto risco de contaminação que a retomada das aulas presenciais representariam às famílias e à comunidade escolar no município.

Com base no mapeamento, o prefeito Bruno Covas disse que as escolas municipais não serão reabertas para reforço escolar em setembro, conforme autorizado pelo governo do estado para as cidades que estão na fase amarela do plano de flexibilização econômica.

“A retomada às aulas, nesse momento, para a Prefeitura de São Paulo, significaria a ampliação do número de casos, ampliação em consequência do número de internações e do número de óbitos aqui na cidade de São Paulo, razão pela qual, na cidade de São Paulo, nós não teremos o retorno das aulas em setembro, como o estado autorizou de reforço com apenas 35% das salas funcionando. Isso não ocorrerá na cidade de São Paulo”, disse Bruno Covas.

 

Foto: arquivo/Comando Notícia.