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Polícia Federal faz operação contra fraudes com prejuízo de R$ 2,1 milhões ao INSS

A Polícia Federal (PF) realizou na manhã desta quinta-feira (30), uma operação contra fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), em Campinas (SP), com prejuízo de R$ 2,1 milhões. De acordo com a investigação, as irregularidades eram na concessão e estrutura de consultoria de atendimento a segurados por meio de atravessadores.

A ação, que recebeu o nome de “Custo Maior” é uma consequência da operação “Custo Previdenciário”, deflagrada em 2018. A apuração concluiu que haviam mais pessoas envolvidas e não identificadas que se relacionavam com um servidor do INSS que havia sido demitido e condenado pela Justiça Federal.

No total, foram cumpridos nesta quinta dois mandados de busca e apreensão nas casas de dois investigados, em São Paulo. As ordens foram expedidas pela 9ª Vara Federal de Campinas. Segundo a Polícia Federal, durante a investigação, foram identificados 13 novos benefícios com ações dos atravessadores, que somam o valor de R$ 2,1 milhões em prejuízo. A PF informou ainda que as irregularidades constatadas foram:

 

  • Atendimento privilegiado com dispensa de senha ou de comparecimento pessoal quando exigido;
  • Reunião externa (em restaurante, lanchonete e posto de abastecimento em rodovia) e inclusive em finais de semana e períodos noturnos;
  • Coleta ou entrega de documentos fora da agência do INSS;
  • Retenção e armazenamento de documento em locais não autorizados;
  • Manipulação da agenda (postergando ou antecipando data);
  • Cálculos em desconformidade à legislação e inserção de informações falsas no sistema da Previdência Social.

 

A investigação estima que a interrupção da concessão dos 13 benefícios evitaram um prejuízo de R$ 9,1 milhões ao INSS. A operação é uma força-tarefa da Polícia Federal, Ministério Público Federal (MPF) e Coordenação-Geral de Inteligência Previdenciária e Trabalhista (CGINT), do Ministério do Trabalho e Previdência, em conjunto com o INSS.

O nome, “Custo Maior”, faz alusão ao acréscimo do impacto dos crimes contra Previdência Social em relação à operação anterior, que já havia evitado R$ 4,2 milhões em fraudes. Os investigados vão responder pelos crimes de inserção de informações falsas no banco de dados e associação criminosa, com penas que podem chegar a 15 anos de prisão. Os materiais apreendidos serão levados para a Delegacia da Polícia Federal em Campinas.

 

 

 

Com informações: G1 Campinas

Foto: Polícia Federal